quarta-feira, 27 de maio de 2020

A pandemia pegou em cheio meu fluxo financeiro.


E agora?

Para Victor Loyola, da Consiga+, é preciso manter a calma, priorizar as despesas com impacto direto e estudar a possibilidade de um crédito consignado para liquidar o que não cabe no bolso neste momento

A pandemia da Covid-19 abalou a vida financeira de muita gente. Com a instabilidade econômica, boa parte das pessoas perdeu seus empregos, teve seus salários cortados por um tempo ou interrompeu as atividades devido à necessidade do isolamento social. Esse cenário impactou diretamente na capacidade de pagamento das contas mensais, o que tem levado muitos consumidores a viver um período de dificuldades em manter os compromissos em dia.

Para Victor Loyola, empresário do mercado financeiro e cofundador da Consiga+, fintech de crédito consignado privado, é fundamental ter calma neste momento para tomar as melhores decisões. “É importante manter as obrigações em dia, é claro. Porém, não sendo possível, é aconselhável priorizar as despesas em que a suspensão do serviço implica em dano imediato”, analisa. Contas ligadas à prestação de serviços básicos como luz, água, telefone, mensalidade escolar, entre outras, devem fazer parte da lista de despesas a serem priorizadas, de acordo com o empresário. 

Loyola aponta que adquirir um empréstimo para saldá-las pode ser uma alternativa, mas é preciso ter alguns critérios. Em primeiro lugar, o consumidor deve avaliar se o seu fluxo de caixa absorve um empréstimo neste momento. “É muito importante elaborar um planejamento para incluí-lo às despesas nos meses seguintes para que isso não se torne um outro problema no futuro”, alerta.

A taxa de juros é outro ponto de atenção. Para obter boas vantagens nesse sentido, a premissa mais importante é manter o nome fora das listas negativa dos birôs de crédito. “Mesmo no caso do crédito consignado privado, que já tem taxas mais baixas e está disponível a negativados, o nome limpo colabora para que a taxa seja a menor possível”, atesta. “Existem muitas empresas financeiras que facilitam o acesso ao crédito, porém cobram uma taxa de juros muito elevada, o que faz com o que a pessoa pague caro demais por isso”.        

Nesse cenário de pandemia, o coCEO da Consiga+ ressalta que muitas instituições estão oferecendo empréstimos aos seus clientes com prazo de carência, o que pode ser uma boa opção para as pessoas que estão com uma dificuldade temporária. “Observa-se bancos disponibilizando créditos para começar a pagar entre 90 a 120 dias. Isso pode ser uma saída interessante, já que o consumidor só terá que iniciar o pagamento após normalizar a sua situção, com um fluxo de caixa parecido ao que era antes do coronavírus”, avalia.

Além de buscar a solução para essas questões, Victor reforça que o momento é propício para fazer um planejamento financeiro. “Sugiro aproveitar essa fase para rever os gastos e entender como será possível encarar os próximos meses, que podem ser difíceis por conta da crise provocada pela Covid-19”, finaliza.


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