quarta-feira, 1 de abril de 2020

Preço de álcool em gel cai no e-commerce, enquanto termômetros quase dobram de valor, aponta estudo


Levantamento realizado pelo Compre&Confie mostra que tíquete médio de gel antisséptico registra queda de 2,4% na comparação com 2019, enquanto termômetros têm aumento superior a 98%


A chegada da COVID-19 ao país tem provocado uma corrida às farmácias em busca de itens de saúde e, em especial, do álcool em gel. Apesar do aumento nas vendas do produto, no e-commerce, não houve aumento de preço. Um levantamento realizado pelo Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, mostra que no período de 25 de fevereiro a 20 houve redução de 2,4% no tíquete médio do produto em relação ao mesmo período do ano passado.

“Isso pode ser explicado pelo fato de que as vendas do produto no varejo digital foram bastante pulverizadas ao longo do tempo, tendo desde pequenas farmácias até grandes supermercados atuando com esse produto. Dessa forma, ao analisar o tíquete médio, pequenas possíveis oscilações positivas de valor são diluídas no contexto geral”, destaca André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.

Ao mesmo tempo, outros itens de saúde tiveram aumento expressivo no tíquete médio das vendas via e-commerce. Nebulizadores e Inaladores registraram incremento de 21,6%, Termômetros quase dobraram de valor, com aumento de 98,3% no preço e Soro Fisiológico subiu 15%.

Essas oscilações fizeram com que o tíquete médio da categoria Saúde (em geral) apresentasse variação positiva: 25,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Outro setor que também se beneficiou das compras de prevenção à COVID-19 foi o de Beleza e Perfumaria – que engloba itens como produtos de higiene pessoal – ao registrar tíquete médio 15% maior do que o do mesmo período de 2019.

Enquanto isso, segmentos que tradicionalmente têm bons resultados no e-commerce baixaram preços. Em Câmeras, Filmadoras e Drones, foi registrada redução de 27% no tíquete médio, Eletrônicos tiveram diminuição de 12,3% e Games, de 4,3%.

“Continuamos observando o e-commerce com atenção. Sem dúvida, o isolamento social provocou mudanças estruturais no consumo pela internet e queremos entender melhor como o hábito do consumidor deve se comportar até mesmo após o fim da pandemia”, finaliza Dias.


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