Líder mundial em seguro de crédito,
avalia o risco de uma recessão prolongada e onda de falências causadas pelo
surto de Covid-19
Nesta segunda-feira (30), economistas da Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito e especialista em seguro garantia, divulgaram um novo documento analisando o risco país e setores da economia por conta da pandemia do Covid-19.
Nesta segunda-feira (30), economistas da Euler Hermes, líder mundial em seguro de crédito e especialista em seguro garantia, divulgaram um novo documento analisando o risco país e setores da economia por conta da pandemia do Covid-19.
De
acordo com a análise, com a interrupção de cadeias de suprimentos e operações
comerciais em empresas de todo o mundo, a confiança das famílias e do mercado
está sendo afetada, limitando severamente comércio internacional.
Segundo
a Euler Hermes, o crescimento econômico global em 2020 registrará uma forte
desaceleração, atingindo apenas +0,5% (+2,5% em 2019). Paralelamente, o
comércio internacional contrairá este ano em -4,5%. Como resultado, o risco de
não pagamento aumentará significativamente, por isso espera-se que as insolvências
aumentem em +14% em 2020. Nesse cenário internacional fraco, vários países e
setores serão duramente atingidos.
Riscos-país
Todos
os trimestres, a Euler Hermes publica suas classificações de risco-país e risco
setor para medir e acompanhar o desenvolvimento de risco de não pagamento sobre
o contas a receber.
As
inadimplências na Argentina e no Líbano nestes últimos meses confirmam a
necessidade do modelo de risco-país para medir as vulnerabilidades que uma
crise, como o surto de Covid-19, pode expor.
No
primeiro trimestre de 2020, a Euler Hermes reduziu a classificação de 18
países: Equador, Tailândia, Indonésia, Índia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait,
Marrocos, Quênia, Gana, Maurício, República Tcheca, Polônia, Romênia, Irlanda,
Eslováquia e Lituânia. Esta lista inclui economias desenvolvidas e em
desenvolvimento.
Por
exemplo, o Brasil está pagando caro nesta crise econômica e de saúde global,
apesar das esperanças iniciais de que reformas dinâmicas acelerariam o
crescimento. Da mesma forma, o Japão, que já era frágil no início de 2020 após
vários choques no outono passado, agora vê suas fraquezas pioradas com a
pandemia de Covid-19.
A Índia
também está na lista: o país já estava enfrentando inúmeros desafios
estruturais e cíclicos, e estes agora estão sendo amplificados pela situação
atual.
“As
consequências visíveis e potenciais da pandemia do Covid-19 estão integradas à
nossa análise de risco-país. Ainda estamos prestando atenção à situação de
outros países desenvolvidos, notadamente a França, Alemanha, Espanha e Estados
Unidos. Esses países têm os meios necessários para proteger suas empresas, mas
sua situação pode se tornar rapidamente mais complicada caso suas medidas de
isolamento e o congelamento de suas economias dure mais tempo”, alerta Ludovic
Subran, economista-chefe de Euler Hermes.
Riscos por setor: rebaixamento recorde
Além
disso, a Euler Hermes rebaixou 126 classificações de risco setor em diversos
países, um novo nível histórico, nunca visto antes: o recorde anterior foi no
primeiro trimestre de 2016, com um total de 70 setores com classificação de
risco rebaixados.
É
importante destacar que, em 60% dos casos, essas mudanças levaram o rating do
setor a passar de "Risco moderado" a "alto risco". Esses dois
sinais provam que a economia global e as empresas estão atravessando um período
sem precedentes, extremamente complexo e incerto.
O setor
automotivo é o mais severamente impactado. A Euler Hermes o rebaixou em 26
países, seguido pelo setor de transporte (rebaixado em 21 países), eletrônicos
(14) e varejo (12).
Produtos
farmacêuticos, software e tecnologia da informação são os dois setores mais
resilientes. A partir de uma perspectiva regional, a Europa Ocidental sofre o
maior número de rebaixamentos de classificação do setor, com 52 casos. Esta
região é seguida pela Ásia-Pacífico (29) e Europa Central e Oriental (24).
Euler Hermes Insurance Company
www.eulerhermes.com.br, LinkedIn ou Twitter @eulerhermes
Nenhum comentário:
Postar um comentário