Atendimentos a
distância tornam-se uma alternativa às idas ao consultório
Com a pandemia de Covid-19, consultas,
procedimentos, exames e até mesmo cirurgias eletivas estão sendo suspensas.
Essa medida tem como objetivo diminuir a contaminação voluntária no Brasil.
Mas, doenças vasculares como aneurisma de aorta, trombose venosa profunda,
isquemia dos membros inferiores e pé diabético precisam ser acompanhadas pelo
cirurgião vascular ou um angiologista, mesmo que a distância.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma
portaria que regulamenta a Telemedicina no Brasil, em caráter excepcional,
durante o surto de coronavírus. Isso significa que, diante de uma situação
emergencial, especialistas poderão atender pacientes por meio de recursos
audiovisuais, como videoconferências e ligações telefônicas, desde que haja uma
solicitação formal do médico responsável.
Essa medida leva em conta apenas casos de urgência.
Entretanto, médicos da especialidade Vascular podem disponibilizar meios de
atendimento remoto, para pacientes com doenças que precisem de um
acompanhamento constante. Esse tipo de consulta deve ser realizado apenas com a
finalidade de esclarecer dúvidas e não descartam a consulta presencial.
O angiologista e secretário-geral da Sociedade
Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Francesco
Evangelista Botelho, diz que “o atendimento não pode ter diagnóstico ou
prescrição. Eu aconselho o médico a deixar o telefone disponível, para que os
pacientes tenham como apresentar aquilo que os deixam preocupados naquele
momento”. O especialista ainda afirma que se o vascular perceber que precisa
ter contato com o paciente para uma avaliação mais detalhada, ele deve orientar
o agendamento de uma consulta.
O cirurgião vascular e presidente da SBACV, Dr.
Bruno Naves, acredita que as ferramentas de comunicação, precisam ser usadas de
forma consciente. “Muitos de nossos pacientes têm doenças de evolução
lenta e progressiva com acompanhamento regular. Esses casos, na maioria, são
pacientes mais idosos e que devem manter o isolamento social. Casos em que
houve um agravamento da situação com aparecimento de novos sintomas devem ser
comunicados ao médico assistente que, se julgar necessário, fará uma consulta
presencial cercado de todos os cuidados recomendados”, afirma o
especialista.
Ele ainda alerta que a medicina deve ser praticada
de forma individualizada em cada um dos pacientes. “Nesse momento, o bom senso
será muito importante. Sair de casa só em casos de urgência”.
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular - SBACV
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