segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

04/02 Dia Mundial do Câncer


Na terça-feira, 4 de fevereiro, será lembrado o Dia Mundial do Câncer, conforme o calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo dados da organização internacional, a doença é a segunda principal causa de morte no mundo, sendo que em torno das 70% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil.

Cerca de um terço das mortes por câncer está relacionado ao alto índice de massa corporal, ao baixo consumo de frutas e vegetais, à falta de atividade física e ao uso de álcool e de tabaco, principal fator de risco para o desenvolvimento de tumores, de acordo com a OMS.

Infecções crônicas, como a contaminação estomacal pela bactéria Helicobacter pylori, predominante em localidades com falta de saneamento básico, também estão entre fatores relacionados ao desenvolvimento de tumores. O envelhecimento é outro fator fundamental para o desenvolvimento do câncer, segundo a OMS.

O diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade de modo geral. No Brasil, em outubro de 2019, foi promulgada a Lei nº 13.896, que determina a realização de exames para o diagnóstico do câncer em no máximo 30 dias. A Lei, que tem o prazo de 180 dias após sua definição para vigorar, é vista como uma importante conquista para o início mais rápido no tratamento de tumores em adultos. No entanto, em determinados cânceres entre crianças e adolescentes, o diagnóstico precisa ser realizado com antecedência, afirmam especialistas.

Para além da rádio e da quimioterapia, atualmente, o tratamento do câncer no Brasil está cada vez mais personalizado. Com destaque às técnicas de diagnóstico e tratamento da Medicina Nuclear, como o teranóstico, e à imunoterapia.

Confira dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), de 2019, sobre a incidência de alguns cânceres no Brasil e instituições que têm especialistas em diagnóstico e tratamento de à disposição para falar com a imprensa.


·  Câncer de próstata

Tipo de câncer mais frequente entre homens, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 68.220 novos casos. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) tem especialistas para falar sobre incidência, por exemplo, entre idosos, diagnóstico e tratamento.

·  Câncer de mama e Câncer de colo de útero

O Câncer de mama é o tipo mais prevalente entre mulheres, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 59.700 novos casos. O Câncer de colo de útero é o terceiro mais recorrente entre as mulheres, com 16.370 novos casos, no mesmo ano. A Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) tem especialistas para falar sobre incidência, diagnóstico e tratamento.


·  Câncer de pulmão

Junto com os tumores na traqueia e brônquio, o câncer de pulmão é o segundo mais prevalente entre homens e o quarto, entre mulheres, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 18.740 novos de casos desses tumores entre homens e 12.530, entre mulheres. Recentemente, a apresentadora de TV Ana Maria Braga anunciou que está tratamento com imunoterapia um câncer no pulmão. A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e a Fundação Ilumina têm especialistas para falar sobre incidência, diagnóstico e tratamento, especialmente por meio da Medicina Nuclear e da imunoterapia.


·  Câncer colorretal

Terceiro tipo de câncer mais frequente entre homens e entre mulheres, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 17.380 novos casos entre homens e 18.980, entre mulheres. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) orienta que o exame de colonoscopia seja realizado regularmente, por pessoas com 50 anos ou mais, para prevenir esse tipo de tumor. Anualmente, realiza mutirões com esse fim e, no ano passado, se reuniu com o Ministro da Saúde com o objetivo de discutir uma Política Nacional.


·  Câncer gástrico/de estômago

Quarto tipo de câncer mais frequente entre homens e sexto, entre mulheres, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 13.540 novos casos entre homens e 7.750, entre mulheres. A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) alerta que esse tipo de tumor está relacionado à prevalência da bactéria H. pylori, especialmente, em localidades sem saneamento básico.


·  Cânceres no sangue

São diversos os tipos de câncer no sangue, entre eles, o linfoma e a leucemia. Os dois primeiros estavam entre os mais incidentes no Brasil, em 2019. Juntos, os linfomas acometeram 12.710 pessoas, entre homens e mulheres. Enquanto as leucemias atingiram 10.800 pessoas. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) realiza ações direcionadas ao diagnóstico e tratamento desses tipos de cânceres. A entidade mantém, por exemplo, um Comitê de Acesso a Medicamentos onco-hematológicos.


·  Câncer de tireoide

Quinto tipo de câncer mais frequente entre mulheres, excetuando o câncer de pele não melanoma, no Brasil. Em 2019, foram 8.040 novos casos nessa população. O Grupo MND tem especialistas para comentar sobre a atuação da Medicina Nuclear em tumores nessa glândula e em outros tumores. Em março, a entidade realizará um evento cujo tema será o teranóstico, técnica que faz o diagnóstico e o tratamento conjuntamente.


·  Câncer infantil

Apesar de pouco frequentes em relação aos cânceres em adultos, os cânceres entre crianças e jovens afetam, anualmente, cerca de 12.500 pessoas, entre zero a 19 anos, no Brasil. Os principais tipos de tumores nessa população são os linfomas, leucemias e do sistema nervoso central. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) tem especialistas para falar sobre incidência, diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil. A data de 15 de fevereiro também é lembrada como Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil.


·  Câncer entre idosos

Aproximadamente 60% dos cânceres acometem pessoas com 60 anos ou mais. Além disso, cerca de 70% das mortes por câncer acontece com idosos. Cânceres como o de próstata, nos homens, de mama, nas mulheres, e de pulmão, devido à maior exposição ao tabaco com o decorrer da idade, são mais comuns nessa fase da vida. A SBGG tem especialistas para falar sobre incidência, diagnóstico e tratamento de cânceres nessa população.


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