Aplicativo
baseado em Sistema de Informações Geográficas detalha quantidade de casos e
revela a evolução das ocorrências. Após seis dias no ar, o mapa já é uma das
principais referências sobre o impacto da doença
O
mapa dinâmico criado pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da
Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, nos Estados Unidos, que possibilita o
acompanhamento dos casos de contágio e mortes ocasionadas pelo coronavírus, com
localizações exatas dos registros da doença, já se tornou uma das principais
fontes de informação sobre abrangência da doença. Segundo a empresa americana Esri, desenvolvedora do ArcGIS, o Sistema de Informações
Geográficas utilizado como base para a criação do mapa, o app viralizou desde
que foi lançado ao público, no dia 22 de janeiro. “É um dos aplicativos mais
acessados na história do uso de nossa tecnologia”, revela Hiran
Zani, Engenheiro de Soluções da Esri.
Atualizado
diariamente e com acesso público e gratuito, o Wuhan Coronavirus Global
Cases oferece o número de ocorrências por estados e países, a
quantidade de casos confirmados, de óbitos e de pacientes recuperados, além da
evolução do surgimento de novos casos da doença, conhecida desde 1960 e que
voltou a assombrar a saúde pública mundial. “O aplicativo reúne dados das principais fontes
oficiais de informações a respeito do vírus, como a Organização Mundial da
Saúde (OMS), o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC) e a
Comissão Nacional de Saúde da China”, explica Zani. “Em casos
como esse, é comum a disseminação de notícias falsas e contraditórias. Esse
mapa informa o público geral, de maneira transparente, sobre total de casos
confirmados, total de mortes e recuperações”, completa.
Bastante
utilizada no combate de disseminação de doenças, a tecnologia GIS - responsável
por agrupar e cruzar as informações oficiais com insumos geográficos – foi,
inclusive, utilizada na época da epidemia ebola, em 2014, a segunda maior
epidemia da história que chegou a matar mais de 11 mil pessoas na África
Ocidental. “Neste caso, um dos benefícios da utilização do ArcGIS, é que ele
possibilitou a rápida publicação dos dados coletados pelas agências, em uma
interface dinâmica e amplamente acessível ao público em geral”,
explica Caio Riebold, Arquiteto de Soluções na Imagem, distribuidora oficial
da Esri no Brasil.
Segundo o especialista, visualizar as informações em contexto
geográfico facilita a análise do problema e, consequentemente, auxilia na
rápida definição de respostas e tomada de decisões. “Uma
tecnologia que dá a distância exata entre duas localidades que apresentaram
casos confirmados, ajuda o poder público a concluir se aquela é uma região de
risco ou se são apenas casos isolados, podendo, desse modo, tomar medidas mais
assertivas para controle ou prevenção de novos contágios”, conclui.
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