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Professor da USP fala sobre os benefícios das
plantas medicinais
Desde
os tempos dos nossos avós já ouvíamos falar sobre o poder das plantas para a
cura de diversas doenças. Aquele chazinho para aliviar a dor de estômago ou até
mesmo um xarope para tosse ou problema respiratório tem eficácia sim e já são
prescritos nos consultórios médicos. Isso mesmo! O potencial das plantas no
tratamento de diversas doenças tem ganhado notoriedade na área de saúde.
Só
na cidade de São Paulo o fornecimento desse tipo de medicamento cresceu 662% em
2019, se comparado ao ano de 2015. Segundo o professor de fitoterapia da USP
Daniel Alan Costa, entre as plantas medicinais que já são prescritas nas
unidades básicas de saúde estão a isoflavona de soja e a garra do diabo. “No
caso da isoflavona de soja há comprovações científicas de sua eficácia para
mulheres na menopausa. A garra do diabo é um anti-inflamatório e analgésico
natural. Há indicações também da valeriana, planta que ajuda muito nos casos de
ansiedade, insônia e até depressão”, afirma.
De
acordo com a Abifisa (Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico,
Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde), o setor tem crescimento contínuo
e registra um aumento de 10% ao ano.
“A
fitoterapia é uma tendência mundial, principalmente porque as pessoas têm
buscado opções mais naturais, com menos efeitos colaterais”, acrescenta Daniel.
Entre
as plantas que merecem destaque na fitoterapia está a Moringa. “A Moringa
Oleífera é uma das plantas mais importantes do mundo e que tem origem na Índia.
Cada parte da sua estrutura contém um recurso medicinal valioso podendo ser
utilizada tanto como erva nutricional ou para ação farmacológica com efeitos
antiasmáticos, antidiabéticos, hepatoprotetor, anti-inflamatório, anticâncer,
antimicrobiana, antioxidante, cardiovascular, anti-úlcera, atividade
antialérgica, cicatrizante, analgésica e antipirética”, explica.
Já
um dos fitoterápicos que caiu no gosto dos brasileiros e que acompanha muitas
gerações, é o xarope caseiro feito à base de água, guaco e mel.
“A
medicina popular sempre se destacou pelo acesso fácil e barato a formas
terapêuticas eficazes, fáceis de usar e sem riscos. É este espaço que os
xaropes caseiros ocupam”, complementa o professor Daniel Alan.
O
guaco é altamente utilizado para o combate a tosse, afecções pulmonares,
sinusites, gripes e resfriados. “Ele age como bronco dilatador na asma e ainda
apresenta função antisséptica e cicatrizante”, diz.
Já o
eucalipto é um expectorante e fungicida que tem indicações para doenças das vias
respiratórias, gripes, bronquites, asma, tosse, além de funcionar como um
perfeito repelente de insetos.
Para
quem adora preparar esse tipo de remédio caseiro um alerta: “Apesar de ser um
recurso simples e seguro, devemos sempre procurar ajuda médica caso os sintomas
persistam ou surjam qualquer desconforto ou sensação que não é esperado. A
automedicação, mesmo que natural, pode trazer riscos. Afinal o que diferencia o
veneno do remédio é a dose”, finaliza o especialista.
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