segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Você sabe conviver com as manias do outro?

 Divulgação


Um tema recorrente na questão dos relacionamentos é: como conviver com as manias do outro? Mas, espere aí... Será que o que incomoda é mesmo uma mania, ou estamos apenas julgando o que é diferente daquilo que nós fazemos?


Segundo a orientadora emocional Camilla Couto, que realiza um trabalho para mulheres e com foco em relacionamentos, o assunto “manias” é um tema que sempre surge quando se conversa sobre casais: “gosto muito dele, mas detesto quando ele faz isso ou aquilo – quem já não ouviu ou falou uma frase parecida?”, pergunta Camilla. A questão é: “cada pessoa tem seus gostos, jeitos e costumes próprios, vindos do convívio familiar, da educação que recebeu e da forma como vive. Somos todos diferentes. Partir da premissa de que os costumes do outro são manias, então, não seria julgar aquilo que é diferente dos nossos próprios hábitos? É bom pararmos um pouco para pensar sobre isso”.

Camilla enfatiza que, quando o assunto é manias, devemos refletir sobre dois pontos importantes: “o primeiro deles diz respeito às expectativas. Quando pensamos em alguém com quem nos relacionar ou quando estamos conhecendo alguém novo, inevitavelmente idealizamos, criamos uma imagem de como gostaríamos que a pessoa fosse, sonhamos com o parceiro ideal. Acontece que, aos poucos, vamos percebendo que o outro é diferente daquilo que havíamos imaginado. Descobrimos, inclusive, que ele tem algumas manias! Mas o que a gente tem que aprender a observar e a levar em conta é o quanto existe de projeção nossa nessas tais manias. Ou seja, o quanto estamos julgando o outro por uma imagem idealizada que criamos no nosso plano mental. Ninguém é perfeito, certo”?

O segundo ponto se refere às nossas próprias manias, “isto é, ao nosso próprio modo de levar a vida, aos nossos hábitos e costumes, especialmente depois de ficarmos um tempo sozinhos. Isso vale muito para quem já teve um relacionamento mais longo, se separou e aí volta, depois de um período, a se relacionar. No processo de juntar caquinhos de relacionamentos desfeitos e embarcar em novas relações, precisamos tomar cuidado para não carregar costumes e hábitos do parceiro anterior (ou do casal) e nem gerar crenças limitantes sobre o amor. Cada pessoa é diferente e única”.

Camilla explica que, nesse panorama, podemos, por exemplo, julgar alguém por ter um hábito parecido com o de um parceiro anterior: “muitas vezes, nosso emocional ferido esquece que pessoa não terá necessariamente o mesmo comportamento que a outra pelo simples fato de terem uma ‘mania’ em comum. Hábitos e valores nem sempre estão conectados. Portanto, antes de julgar, criticar ou se desencantar, é preciso realmente se propor a conhecer o outro. Não são atitudes isoladas de uma pessoa que a definem, mas sim, o conjunto delas”.


Por que uma toalha em cima da cama pode incomodar tanto?

Você se incomoda quando seu parceiro deixa a toalha úmida em cima da cama após tomar banho? Ou então, quando ele deixa a pasta de dentes destampada? Por que atitudes como essas podem incomodar tanto? Segundo a orientadora, primeiro, porque são diferentes daquilo que nós fazemos: “quem também deixa a toalha em cima da cama ou a pasta destampada, dificilmente se importará com esses hábitos do parceiro”. Para ela, quem cobra demais do outro, cobra, geralmente, de si mesmo. “Será que, no fundo, não estamos punindo o outro por algo que a nós não foi ou não é permitido fazer? Será que não existe alguém lá dentro de nós apontando o dedo, enquanto nós mesmos desejaríamos ser mais relax com a vida”?

Relacionamentos com cobranças e julgamentos se tornam pesados e difíceis de engatar. Então, tente fazer uma análise das manias do seu parceiro: “será que não dá para ir conversando, se ajeitando juntos e entrando em alguns acordos? A relação ganha, vocês dois ganham, e o amor vence”, finaliza.





Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário