terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Compras de Natal: cuidados na hora de presentear os filhos


50% dos brasileiros afirmam em pesquisa que as crianças influenciam na decisão de compra; e 8% deixam de pagar alguma conta para presentear os filhos

Com o Natal próximo, cresce ainda mais a movimentação de compras de presentes para este fim de ano. Segundo pesquisa da realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), crianças e adolescentes têm um papel cada vez mais importante na decisão daquilo que ganharão, uma vez que 50% dos filhos participam da escolha do presente.

Outro dado destacado pela pesquisa revela que 8% dos pais deixam de pagar alguma conta para presentear o filho. Para a educadora parental Luiza Mendonça, que também é fundadora do AppGuardian - app de controle parental que conecta pais e filhos - é importante a participação do filho na hora da compra do presente, mas alerta que as contas da família precisam ser prioridade e a decisão final tem que ser sempre dos adultos. 

“Quem tem filhos sabe que aguentar o famoso ‘compra para mim, pai’ e ‘compra para mim, mãe’ é normal. Mas é fundamental que os pais fiquem atentos aos exageros, pois faz parte do amadurecimento da criança também ouvir ‘não’ para entender de forma clara quais são as regras e limites praticados dentro de casa e da família, ensinando-as dessa forma a lidarem com as suas frustrações ”, destaca Luiza.

A especialista listou algumas dicas na hora de presentear os filhos com itens comprados neste Natal:


                        Saber direcionar o dinheiro para as prioridades
Mesmo com os preços mais baixos, uma dica importante é: não comprar só por comprar. A família, quando está com algum tipo de crise financeira, precisa entender muito bem para onde o dinheiro deve ir prioritariamente, do contrário, a chance de começar o ano novo no vermelho é grande. 

                        Dizer não aos filhos
É essencial que as crianças aprendam a lidar com frustrações e os pais podem ajudá-las nisso ao posicionarem o "não" com firmeza e respeito. Caso a criança não entenda ou não concorde, diálogo é sempre a melhor opção: dizer para ela que entende que ela gostaria de comprar determinada coisa e não pode por causa de determinados motivos. E, claro, o mais importante, sustentar esse "não". Somente dessa forma elas estarão mais preparadas para lidar com expectativas com as quais irão se deparar na fase adulta.
 
                        Limitar acesso da criança às propagandas na TV e internet
Quanto mais as crianças ficam conectadas na internet ou TV, mais suscetíveis ficarão às propagandas que aumentam as vontades da criança para o consumo. É fundamental que os pais fiquem alertas ao conteúdo consumido pelo seus filhos na internet e ao tempo de tela que ficam expostos diariamente, estimulando atividades fora de casa e criando regras claras e limites diários de uso. Aplicativos de controle parental são uma boa opção de ferramenta para ajudar pais nessa rotina digital. 

                        Estimular que a criança doe os brinquedos antigos 

Mesmo com o limite de acesso às propagandas, as crianças estão cada vez mais ligadas com lançamento de novos brinquedos e equipamentos tecnológicos, como celulares, tablets, videogames, etc. Para evitar que se acumule produtos sem uso dentro de casa, vale incentivar dentro de casa ações de solidariedade, como doação dos brinquedos mais antigos. Pode ser para crianças menos favorecidas, para instituições ou bazares. O mais importante é praticar o desapego e abrir espaço para o novo, afinal, muitos itens estarão com descontos atrativos durante o dia mais esperado do ano no varejo.



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