Em parceria com
Janaina Paschoal e Valéria Bolsonaro, deputada Leticia Aguiar assina projeto em
favor de mulheres que realizarem mastectomia
Mais
uma do "Trio de Ferro da ALESP", em defesa das Mulheres
Em parceria
com Janaina Paschoal e Valéria Bolsonaro, deputada Leticia Aguiar assina
projeto em favor de mulheres que realizarem mastectomia
A deputada Leticia Aguiar (PSL), em parceria com as
deputadas Janaina Paschoal e Valéria Bolsonaro, assinou o projeto de lei
912/19, que garante o direito a acompanhante no pós-operatório aos pacientes
submetidos a mastectomia, na rede pública ou privada de saúde do Estado de
São Paulo. O Projeto teve seu pedido de urgência publicado no Diário Oficial
desta quinta-feira (31-10)
Segundo a deputada Leticia Aguiar permitir a
presença de um acompanhante vai ao encontro do crescente movimento de
humanização hospitalar e de atenção a todas as áreas que envolvem a saúde do
paciente. “Neste caso, garantir que alguém possa estar do lado da paciente
operada, que enfrentou todos esses desafios, em um momento de extrema
delicadeza, é um direito básico à dignidade humana dessas mulheres”,
disse a parlamentar.
A mastectomia é um procedimento que
consiste na remoção cirúrgica de toda a mama, sendo utilizada como um dos meios
indicados no tratamento do câncer de mama. Por se tratar de intervenção
extremamente invasiva ao organismo, a mastectomia gera fortes efeitos
colaterais, sobretudo nos primeiros dias pós-cirurgia, como dor, inchaço na
parte superior do braço, hematomas, limitação nos movimentos dos braços e do
ombro, dor neuropática na parede torácica, dentre outros.
O período de recuperação da cirurgia depende do
organismo de cada paciente, podendo variar entre alguns dias, até semanas.
Trata-se de uma recuperação delicada devido ao corte de alguns nervos
sensoriais durante o procedimento para remover o tecido mamário.
Levando em conta que os primeiros dias após a
realização da cirurgia são os com maiores efeitos colaterais, qualquer tipo de
movimentação se torna inviável ou feito com muita dificuldade. Atividade
mínimas, como movimentar os braços para se alimentar ou trocar de roupa, são
praticamente impossíveis de serem realizadas.
Além disso, também é preciso considerar as
consequências emocionais causadas pela mastectomia, em especial para as
mulheres, que são as principais vítimas do câncer de mama. Após passar pelo primeiro
impacto em saber que está com câncer, a mulher passa pela difícil decisão de
proceder à retirada total da mama e, na maior parte das vezes, é tomada por
inúmeras alterações psíquicas, como diminuição da autoestima, alteração da
autoimagem e comprometimento da sexualidade. Isso porque a mama representa,
para a grande maioria das mulheres, um símbolo da feminilidade, de modo que sua
retirada acarreta o medo de não mais ser aceita por seu parceiro.
DADOS
É importante ressaltar que, embora o presente projeto
tenha sido inspirado no depoimento de uma mulher, o número de mulheres que
realizam a mastectomia é extremamente elevado.
Um estudo realizado por pesquisadores da Rede
Goiana de Pesquisa em Mastologia revelou que, entre os anos de 2008 e 2015, 210
mil mulheres realizaram cirurgias de câncer de mama no Brasil, dentre as quais
92,5 mil (quase 44%) foram submetidas à cirurgia de mastectomia.
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