quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Outubro Rosa: reconstrução de mama renova autoestima depois de câncer


Cirurgia plástica, com uso de próteses ou não, contribui para que a vida da mulher tenha o mínimo de alteração possível após o tratamento


As mulheres que reconstroem as mamas depois de um câncer ganham a autoestima de volta e a sensação de que a fase ruim passou e tudo segue normalmente. Com os contornos e a harmonia do corpo que sempre tiveram, as pacientes levam sua vida com o mínimo de alteração possível após o tratamento, tanto no sentido estético e social quanto no âmbito sexual e emocional. 

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Eduardo Lintz, discípulo do Dr. Ivo Pitanguy e docente do Instituto Ivo Pitanguy, todas as técnicas de reconstrução de mama, total ou parcial, com uso de próteses ou não, beneficiam a mulher. “A intenção é que as pacientes sintam-se bonitas e bem com sua imagem e percebam que podem seguir com suas vidas e relacionamentos com naturalidade após o fim do tratamento”, observa o médico.

Dr. Lintz reforça que a prótese não causa nenhum problema de saúde. Segundo o especialista, próteses de boas marcas, confiáveis e com registro em dia não oferecem risco às pacientes e não ampliam a incidência de retorno da doença (recidiva). “Não há aumento do risco de câncer para pacientes que possuem silicone para avolumar esteticamente as mamas”, garante o cirurgião plástico.

 Dr. Lintz reforça que a prótese não causa nenhum problema de saúde. Segundo o especialista, próteses de boas marcas, confiáveis e com registro em dia não oferecem risco às pacientes e não ampliam a incidência de retorno da doença (recidiva). “Não há aumento do risco de câncer para pacientes que possuem silicone para avolumar esteticamente as mamas”, garante o cirurgião plástico.


 Tratamentos indicados para diagnóstico de câncer de mama

 O tratamento do câncer de mama é bastante individualizado. De acordo com Dra. Maria Carolina Coutinho, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e assistente da Clínica Eduardo Lintz, cada caso pode ter uma abordagem completamente diferente do outro. Em linhas gerais, os principais tratamentos são:

 Cirurgia da mama (mastectomia ou conservadora)

Quase sempre indicada, a técnica e a extensão da cirurgia vão depender do tamanho do tumor, de sua localização na mama, do tamanho da mama, do estágio da doença.

 Quimioterapia;

Radioterapia;

Hormonioterapia: indicada para pacientes com tumores que possuem receptores para o hormônio estrógeno. Sua função é tentar prevenir recidivas.

Imunoterapia: indicada para pacientes com tumores que possuem receptores chamados HER2. Esse receptor é muito estudado nos dias atuais e há drogas que agem diretamente no seu bloqueio.


Principais causas do câncer de mama:

 Como todo tipo de câncer, é uma doença que não apresenta uma única causa. No entanto, alguns fatores de risco são observados para a doença:

- menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia;

- ausência de gestações;

- ausência de amamentação;

- obesidade;

- sedentarismo;

- tabagismo e consumo de álcool;

- alimentação industrializada e com excesso de gordura;

- estilo de vida muito estressante;

- 5% de incidência provocadas pela genética (por exemplo, caso da atriz Angelina Jolie)


 Idade para iniciar o autoexame e mamografia

 O autoexame deve ser feito a partir da primeira menstruação. Maria Carolina ressalta que há muitas doenças benignas das mamas em que surgem nódulos e cistos, principalmente durante o período menstrual, gravidez e amamentação. Por isso o aparecimento de um nódulo não deve causar pânico. Nesse caso, a mulher deve consultar um ginecologista ou mastologista.

 A mamografia está indicada após os 40 anos de idade. Antes disso o exame de rastreamento é o ultrassom de mamas, e deve ser feito anualmente junto com os preventivos do ginecologista (papanicolau). Em mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de mama (mãe ou irmã), a primeira mamografia deve ser feita aos 35 anos.





Fontes:
 Dr. Eduardo Lintz - Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Sociedade Americana de Cirurgia Plástica; professor assistente do Instituto  Pitanguy e chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital do Coração- SP.

Maria Carolina Coutinho - Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Vice- Presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras - Regional SP; Médica Cirurgiã Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora do Hospital Perola Byington e assistente da Clínica Eduardo  Lintz.


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