No mês dedicado à saúde da mulher, especialista sugere
tratamento minimamente invasivo que preserva o útero
Doença pode causar sangramentos
intensos,
além de dores pélvicas e durante a relação
sexual.
|
Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer
de mama. A data, celebrada anualmente, tem como objetivo proporcionar maior
acesso das mulheres aos serviços de diagnóstico e tratamento da doença,
responsável por quase um em cada quatro óbitos por câncer em todo o mundo.
Mas, apesar do mês ser dedicado à saúde das mamas,
a data também é uma excelente oportunidade para as mulheres realizarem um
check-up anual, a fim de detectarem outras doenças. Entre elas, o mioma
uterino.
Os miomas são tumores/nódulos benignos, de origem
do tecido muscular, e que costumam aparecer em cerca de 50% das mulheres em
idade reprodutiva (30 a 50 anos).
Em algumas mulheres, a doença apresenta sintomas
como sangramento intenso e aumento do período menstrual, dor abdominal, pressão
pélvica, além de vontade de urinar com frequência e desconforto durante a
relação sexual. Em outras, no entanto, sua identificação só ocorre durante
exames de rotina, como ultrassons pélvicos e de abdômen.
Os miomas uterinos podem aparecer em diversas
regiões do útero e também em tamanhos variados. Há, hoje, diversas opções de
tratamento. Uma delas, considerada minimamente invasiva, é a embolização do
tumor. Neste método, navega-se com um cateter, por meio da punção de uma artéria
periférica, até a artéria uterina, que nutre tanto o útero quanto os miomas.
O procedimento, além de aliviar os sintomas, impede
o fluxo de sangue que nutre os tumores. Com isso, os nódulos acabam secando e
reduzindo seu volume em até 50%, conforme explica o médico Renato de Souza
Astolfi, diretor e coordenador da área de Radiologia Intervencionista e
Cirurgia Endovascular do Instituto Santista de Hemodinâmica.
"Na embolização, o tumor não é retirado, como
ocorre na cirurgia convencional. Ele é um tratamento alternativo, onde o tumor
é secado, cortando sua irrigação. Com isso, reduzimos os sintomas, o
desconforto da paciente e diminuímos o volume do útero de forma geral".
O método também é uma excelente alternativa para
mulheres que veem o sonho da gravidez ameaçado, já que os miomas uterinos
também estão associados a quadros de infertilidade. "Ele é minimamente
invasivo e preserva o útero, que em muitos casos é completamente retirado em
uma cirurgia ginecológica", completa o especialista.
Os únicos casos em que o procedimento não é
indicado são os de doença maligna, gestação e infecção ativa. Após a
embolização do mioma, a paciente pode apresentar além de dor, febre baixa,
náuseas e corrimento vaginal. Porém, em um curto prazo, retorna as atividades habituais.
ISH
Instituto Santista de Hemodinâmica
Nenhum comentário:
Postar um comentário