Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS |
Países do BRICS seguirão o modelo brasileiro para a coleta e
distribuição de leite materno para atender bebês prematuros. Juntas, as cinco
nações concentram 42% da população mundial
O
Brasil servirá de modelo para a China, Rússia, Índia e África do Sul, países
que compõe o BRICS, para a coleta e distribuição de leite materno. A medida foi
anunciada, nesta sexta-feira (25), em Curitiba (PR), durante a reunião de
Ministros da Saúde dessas nações, com a criação da 1ª Rede de Bancos de Leite
Humano do BRICS. A iniciativa é pioneira e será possível a partir do
compartilhamento da experiência do Brasil, que possui a maior e mais complexa
Rede de Banco de Leite do mundo.
“O
Brasil tem tecnologia de organizar redes de bancos de leite humanos que reduza
o tempo de permanência em UTIs de bebês prematuros e, com isso, melhorando os
índices de mortalidade infantil. Agora, teremos uma Rede de Banco de Leite
Humano em todo o BRICS. Todos os países devem adotar o modelo brasileiro”,
destacou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
A
rede brasileira é responsável por coletar e distribuir leite materno, com
controle rigoroso, a recém-nascidos de baixo peso. O leite materno tem tudo o
que o bebê precisa até os seis meses de vida, protegendo-o contra doenças como
diarreia, infecções respiratórias e alergias. Assim, é uma estratégia
importante para redução de mortes em bebês.
Há
225 Bancos de Leite Humano no país, sendo que cada um dos 26 estados e o
Distrito Federal possui pelo menos um. A importância da criação da Rede de
Banco de Leite Humano já havia sido levantada durante o 1º Workshop do BRICS
sobre Leite Humano, realizado em agosto como uma das atividades da presidência
temporária do Brasil.
BRICS: 42% DA POPULAÇÃO MUNDIAL
Juntos,
os cinco países que fazem parte do BRICS concentram 42% da população mundial. E
se reuniram nesta sexta-feira, em Curitiba (PR), para discutir parcerias e
compartilhar experiências na área de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Ao final do encontro, os ministros assinaram a “Declaração da IX Reunião de
Ministros da Saúde do BRICS”, que prevê compromissos a serem seguidos pelos
países.
O
Ministério da Saúde do Brasil se comprometeu ainda a investir R$ 16 milhões,
cerca de U$ 4 milhões, para financiar o desenvolvimento de pesquisas sobre tuberculose no âmbito do BRICS. A ideia é
fomentar novas intervenções, esquemas terapêuticos e medicamentos, além de
novos métodos de diagnóstico e acesso ao tratamento da doença. A chamada
pública deve ser lançada até o final do ano e contemplará instituições
brasileiras que atuarão em parceria com outros pesquisadores dos países que
integram o bloco.
Amanda
Costa
Agência
Saúde
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