Durante centenas
de anos, fomos ensinados que havia um jeito melhor de se viver: acompanhado.
Geralmente, essa era a forma que o meio social e a família ditavam como ideal.
Hoje, vivemos uma transição nos costumes e exercitamos cada vez mais a
liberdade de escolha.
Segundo a Orientadora Emocional para Mulheres, com
foco em Relacionamentos, Camilla Couto, muitas pessoas relatam viver
relacionamentos que trazem mais angústia do que bem-estar, ou que estão em um
momento especial e/ou complicado da vida e não conseguem engrenar um
relacionamento, ou, então, que estão apaixonadas, mas acham que estar com
alguém pode significar exatamente retroceder nessa questão da liberdade. Ela
explica: “ainda há quem enxergue os relacionamentos quase como sinônimo de
problemas”.
Mas não precisa ser assim. “A verdade é que temos
que mudar a forma como encaramos os relacionamentos a dois: ora como nossos
salvadores, ora como grandes vilões. Essa forma dual de se pensar sobre
relacionamentos é algo extremamente irreal e ultrapassado”, revela Camilla.
Para mudar essa forma de pensar, segundo ela, é preciso, primeiro, entender que
não há “lado certo” para estar: “só existe o que nos faz bem de verdade”.
Camilla lembra que a melhor parte de ser livre é
exatamente poder exercitar essa liberdade: “todos nós temos poder de escolha.
Só que, muitos de nós ainda têm a ideia de que, para ser livre, precisamos
estar sozinhos. Como se anos de opressão, especialmente no universo feminino,
precisassem ser revertidos com o extremo oposto”. Mas ela questiona: “será que
ter uma relação é o problema, ou é a forma com que vemos as relações que
precisa mudar junto com os costumes”?
Sabemos que muitos relacionamentos existem apenas
de fachada e, na prática do dia a dia, provocam mais solidão do que companhia.
“Certamente, você já conheceu algum casal assim, ou já passou por algo
parecido. Viver de aparências é algo que não pode mais ser aceito nos dias de
hoje. Aparências para quem? Quem é o seu fiscal de vida, quem é que vai dizer
se você está certo ou errado por estar sozinho ou acompanhado? Quem sabe o que
é melhor para você, além de você mesmo”?
Segundo Camilla, é preciso se perguntar: “qual é o
SEU verdadeiro desejo? De que forma VOCÊ enxerga as relações? O que você
precisa curar para que os seus relacionamentos não sejam motivo de dor ou de
encolhimento da sua personalidade, e, sim, promotores do seu crescimento e da
sua autonomia? Percebe que é preciso curar, talvez, o modo como você enxerga a
questão, e não ela, em si”?
Quer ficar sozinho por um tempo? Tudo bem! Tem
planos de ficar sozinho por muito tempo? Ótimo também! Para Camilla, está tudo
certo, contanto que seja uma escolha consciente e não motivada por rancores ou
medos. “Quer ter uma relação saudável? Então, curar a si mesmo é o primeiro
passo para atrair pessoas também curadas, inteiras e que topem seguir conosco
rumo a um crescimento pessoal constante. Tem certo e errado? Não! Tem a sua
vontade, a sua necessidade de aprendizado e o que fala diretamente ao seu
coração. O que não pode é viver frustrado, infeliz, insatisfeito, esteja
sozinho ou acompanhado.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.
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