Evento promovido pela Libbs
Farmacêutica abordou temas relacionados aos cuidados com pacientes e,
principalmente, o sucesso da imunoterapia no tratamento.
A
conscientização e a informação são essenciais para o aumento da taxa de cura de
muitas doenças. Os linfomas, por exemplo, atingirão aproximadamente 2,5 mil
pessoas com o tipo Hodgkin e pouco mais de 10 mil do tipo não-Hodgkin até o fim
do ano no país, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No dia
15 de setembro é lembrado o Dia Mundial de Conscientização de Linfomas. Em mais
de 20 países, acontece simultaneamente uma campanha neste mês, com o objetivo
de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, sintomas e
tratamento da doença.
Para
debater o tema, a Libbs Farmacêutica reuniu em um petit comitê no dia 11 de
setembro, a presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale),
Merula Steagall, a enfermeira onco-hematológica, Lelia Martin, e o médico PhD
em Hematologia na área de linfomas, Dr. Rony Schaffel, professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Linfoma é
um termo genérico que não se aplica a apenas uma doença, mas sim a um grupo de
várias doenças. É um câncer que,
diferente dos outros tipos que tem origem em um tecido ou órgão, tem origem nas
células do sistema linfático, que fazem
parte do sistema imunológico, chamadas
de linfócitos. O linfoma
ocorre quando uma célula normal do sistema linfático se transforma, cresce sem
parar e se dissemina pelo organismo. Por isto, os linfomas podem ocorrer em
qualquer órgão do corpo, dos gânglios à tireoide, do estômago ao cérebro.
Ainda sem
causa conhecida na maioria dos casos, os linfomas atingem homens e mulheres e
se dividem basicamente em dois tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfomas
não-Hodgkin (LNH). A diferença entre eles está nas características das células
malignas. O Dr. Rony Schaffel explica que existem quase 100 subtipos de
linfoma, cada um com suas características especiais.
“São
cânceres nos linfócitos, das células do sistema imunológico, com comportamentos
diferentes. Existem os LNH agressivos, tal como o linfoma difuso de grandes
células B e existem os LNH indolentes, tal como o linfoma folicular”, explica
Dr. Rony. Ele alerta ainda que, no caso dos linfomas agressivos, se não
tratado, pode levar o paciente a morrer dentro de um ano ou pouco mais. “O
linfoma é um câncer silencioso do sistema linfático, desconhecido por muitos.
Por isso, a campanha de conscientização é de suma importância para um
diagnóstico precoce, pois somente assim é possível salvar muitas vidas”,
finaliza.
Sintomas
A
maior parte dos linfomas pode provocar aumento dos gânglios, popularmente
conhecidos como ínguas, quando se desenvolve na região do pescoço, nas axilas e
na virilha. Falta de ar, dor torácica e tosse podem se manifestar se a doença
ocorrer no tórax. Na pelve e no abdômen, os principais sinais são sensação de
estômago cheio e distensão abdominal. Nos linfomas agressivos, podem aparecer
sintomas como febre, emagrecimento e grandes suores noturnos. Além deles, pode
aparecer coceira intensa pelo corpo, especialmente no linfoma de Hodgkin.
Tratamento
com terapia-alvo
Hoje, além
do tratamento convencional feito por meio da quimioterapia, da radioterapia e
do transplante da medula óssea, existem medicamentos biológicos que atacam as
células cancerosas sem atingir as normais e extingue os efeitos colaterais, é a
chamada imunoterapia. Diferente da quimioterapia clássica que mata não somente
as células doentes, mas também as células sadias, esse medicamento age
predominantemente sobre as células do linfoma. O Brasil já possui esse tipo de
tratamento, cada vez mais acessível à população. Um exemplo é o Vivaxxia,
rituximabe biossimilar recém-chegado ao mercado, produzido no Brasil pela Libbs
Farmacêutica e indicado para tratamento de cânceres hematológicos.
O
medicamento é um anticorpo monoclonal dirigido contra antígeno CD20, indicado
para o tratamento de pacientes com linfoma não Hodgkin de células B
CD20 positivas, os quais representam a grande maioria dos linfomas, além da
leucemia mais comum, a leucemia linfocítica crônica (LLC). O Vivaxxia foi
avaliado por meio de estudos analíticos que demonstraram a similaridade ao
referência, garantindo semelhante segurança e eficácia para as indicações
terapêuticas aprovadas. O estudo clínico multicêntrico teve a inclusão de 28
pacientes brasileiros de 13 importantes centros nacionais.
Para o
diretor da unidade de negócios B2B da Libbs, Marco Dacal, o Vivaxxia
reforça o compromisso da farmacêutica nacional com o desenvolvimento
tecnológico do país em prol do paciente. “O Vivaxxia representa um passo
importante para ajudar a ampliar o acesso a tratamentos que a OMS considera
essencial, como é o caso do rituximabe, que revolucionou o tratamento de
linfomas”, diz Dacal.
Biotec e a produção de biossimilares
nacionais
Produzindo o
primeiro anticorpo monoclonal no país, a Biotec foi inaugurada em 2016 como a
primeira fábrica de anticorpos monoclonais em escala industrial do País, com
investimento de R$ 523 milhões para a construção da planta e desenvolvimento de
estudos clínicos. Com as certificações de BPF exigidas pela Anvisa, é
certificável para as agências regulatórias internacionais mais importantes do
mundo: FDA (EUA) e EMA (Europa) e tem capacidade para até três linhas de
produção de medicamentos biológicos.
A Biotec utiliza o
sistema single-use, uma tecnologia de produção que utiliza biorreatores
com bolsas descartáveis. As principais vantagens desse sistema são a
flexibilidade de produção e a otimização do processo, já que as bolsas
descartáveis dispensam operações de descontaminação e limpeza.
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