O governo federal anunciou, na última semana, a
liberação de saques do FGTS. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o
presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes,
oficializaram que, a partir de setembro, cada trabalhador poderá resgatar
até R$500 de cada uma de suas contas ativas ou inativas.
Com esse dinheiro extra na conta, pode ser fácil cair
em tentação e gastar sem planejamento. “Muitas pessoas acabam gastando
esse dinheiro sem perceber, já que não há a sensação de afetar o
orçamento inicial. Porém, se houver planejamento e consciência, esse
montante extra pode ser de grande ajuda para a vida financeira”, explica
Amerson Magalhães, diretor de operações da Easynvest, maior corretora
independente do Brasil. Magalhães ainda pontua que, apesar do valor
parecer baixo em alguns casos, existem opções de investimentos seguros e
acessíveis a partir de R$30 e que rendem mais do que a poupança e FGTS.
Para ajudar a frear o impulso consumista, a Easynvest
elencou cinco motivos para investir o FGTS sacado, ao invés de gastá-lo.
Confira!
1. Juros bons são juros ganhados
Nos últimos anos, os brasileiros têm vivido um momento
difícil economicamente. A crise econômica trouxe consequências negativas,
como a queda do poder de compra, altos índices de desemprego e,
consequentemente, maior endividamento. A Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio,
Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que 63,47% das famílias
brasileiras estão endividadas.
Por isso, se você tem algum tipo de dívida, seja
financiamento, empréstimos ou parcelas atrasadas do cartão de crédito, a
prioridade sempre deve ser quitá-la. “Os juros cobrados em dívidas são
maiores do que a rentabilidade de qualquer investimento”, explica
Magalhães.
2. É um dinheiro inesperado
Normalmente, o saque do FGTS tem inúmeras regras e situações
muito específicas para a liberação. “Ninguém conta com esse dinheiro no
planejamento financeiro, pois não é uma quantia facilmente disponível
para compor renda, por exemplo”, pontua o executivo. Portanto, se você
não contava com esse dinheiro e ele já não tinha um destino certo, não
tem motivo para gastá-lo desnecessariamente ao invés de fazê-lo render
mais.
3.
Encare como um dinheiro para segurança financeira
O FGTS foi criado em 1966 com o objetivo de ser uma
proteção para o trabalhador em situações como demissões. “A melhor opção
é sacar o benefício, mas continuar encarando-o como uma forma de
segurança financeira e aplicar essa quantia em investimentos de longo
prazo com uma rentabilidade melhor do que a do FGTS”, recomenda.
O FGTS vem apresentando desempenho abaixo da inflação
desde 1999 e tem rendimento de 3% ao ano, enquanto o Tesouro Selic, por
exemplo, vem rendendo 6,5% no mesmo período.
4.
Turbine a reserva de emergência
A chamada Reserva de Emergência é uma quantia que
estará à disposição se acontecer algum imprevisto, sem que precise se
endividar. Especialistas recomendam que o montante some cerca seis meses
dos custos mensais. Para guardar essa quantia, existem opções de investimentos
que rendem mais do que a poupança, mas são tão seguros quanto.
No momento de escolher o título, é importante buscar
por liquidez diária (possibilidade de resgatar o dinheiro a qualquer
momento) e baixo risco. “Um dos investimentos mais escolhidos para
formação da reserva de emergência é o Tesouro Direto (Tesouro Selic) pois
oferece liquidez, segurança, rendimento acima da poupança e baixos
valores de aportes iniciais”, explica Magalhães.
5.
Diversifique a carteira
Para quem já tem planejamento financeiro definido e
formou a reserva de emergência, o dinheiro do saque do FGTS pode ser uma
ótima oportunidade para diversificar a carteira e conhecer novos ativos
com boas rentabilidades. “Com a expectativa positiva para a economia,
tudo indica que a renda variável viverá um ótimo momento. Por isso, é
interessante explorar investimentos diferentes, como os fundos, que podem
trazer ganhos acima da taxa de juros”, pontua.
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