Tendo em vista o Dia
Internacional da Higiene Menstrual (28 de maio) e a importância de
conscientizar cada vez mais pessoas sobre a necessidade de se falar mais
abertamente sobre menstruação , SEMPRE LIVRE® e Plan International se uniram
para levar informações a 6 mil meninas e meninos, colaborando para que elas se
sintam mais confortáveis com o seu próprio corpo e progridam na vida.
Desde maio de 2018,
quando lançou o seu novo posicionamento de marca, SEMPRE LIVRE® vem trabalhando
para incentivar debates e contribuir para a naturalização das conversas sobre
menstruação por meio de estratégias diversas
para oferecer mais informações e quebrar os estigmas em torno do assunto. Um
exemplo é o site Só
Delas, um hub que oferece conteúdos
diversos sobre saúde da mulher, higiene íntima
feminina e lifestyle.
Este ano, a marca vai
trazer ações para o seu discurso e movimento por meio da campanha Sempre
Juntas pelo Progresso, doando 30.000 absorventes e R$ 155.000,00 para a ONG
Plan International para financiar projetos de educação voltados para meninas em
situação de vulnerabilidade no Piauí e no Maranhão.
“A relação das
meninas e mulheres com o seu próprio corpo é um reflexo dos muitos parâmetros
sociais que ainda são carregados de preconceitos. Se nos educarmos para parar
de ver o corpo da mulher como um objeto, passaremos a enxergá-las como pessoas,
e isso é parte da desconstrução que precisamos trabalhar, principalmente sobre
temas como a menstruação”, diz Viviana Santiago, Gerente de Gênero e Incidência
Política na Plan International.
E não faltam dados
para endossar a necessidade de levar informações sobre menstruação e temas
relacionados a mais pessoas e incentivar essas conversas: no ano passado,
SEMPRE LIVRE® e KYRA Pesquisa & Consultoria fizeram uma pesquisa com 1500
mulheres de cinco países diferentes para falar sobre os principais estigmas da
menstruação. Os resultados mostraram que 54% das entrevistadas sabiam muito
pouco ou nada sobre menstruação antes da menarca e que 56% se sentiam
incomodadas durante o período em que estavam menstruadas. Além disso, 33% não
saíam de casa e 49% costumavam perder aulas por causa da menstruação.
Além de dados
globais, a pesquisa também proporcionou recortes locais mostrando aspectos da
cultura de cada país que ainda influenciam na relação das mulheres com a
menstruação e refletem até mesmo no seu papel social. No Brasil, por exemplo,
43% das entrevistadas não andam descalças quando estão menstruadas. Sem as
informações corretas, meninas e mulheres mudam os seus hábitos simplesmente por
não compreenderem totalmente o que está se passando com o seu corpo durante o
ciclo menstrual.
Um grupo de pesquisas
realizado pela Plan International com 23 meninas em situação de vulnerabilidade
e
atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão também ajudou a trazer insumos para
a discussão. Dados colhidos nas conversas com as entrevistadas mostram que 43,48% das participantes já deixaram de fazer alguma coisa
porque estavam menstruadas. Algumas meninas disseram que deixavam de comer
algo, de nadar ou ir à praia ou piscina. Os motivos vão desde a vergonha e
interdições sociais a limitações físicas relacionadas com sintomas associados à
menstruação.
A maioria
das meninas e mulheres que responderam à pesquisa dizem que se sentem sujas e
doentes quando estão menstruadas. Ao mesmo tempo, apesar dos sintomas
associados à menstruação, a procura dessas meninas pelo serviço de saúde para
tratarem esses sintomas ainda é baixa. Em uma das escolas, 65,22% das
participantes que disseram nunca terem procurado o serviço de saúde para
tratarem do tema.
A forma como a
sociedade ainda enxerga e trata a menstruação também gera um grande impacto na
relação das meninas com o seu próprio corpo e nos seus hábitos que acabam
mudando simplesmente por estarem menstruadas. 65,22%
das participantes da pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de
forma diferente depois da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as
meninas afirmaram que a família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso
atribuíram mais responsabilidades a elas, principalmente atividades domésticas.
Além disso, elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não
tinham menstruado.
A higiene
menstrual é um cuidado muito importante na rotina de muitas pessoas que se
identificam como mulheres. No entanto, ainda existem muitos estigmas em
torno do tema, gerando não só inseguranças até a menopausa, mas também infecções devido ao uso
de materiais inapropriados e não higiênicos durante
os dias da menstruação. Precisamos dar
visibilidade ao tema, como também quebrar os tabus e medos que ainda impedem
muitas mulheres de se sentirem mais confortáveis para
expor suas dúvidas e mais confiantes em si mesmas e na sua feminilidade.
“Enquanto marca
pioneira da categoria, SEMPRE LIVRE® acredita que sua principal contribuição
dentro desse cenário é promover essas discussões em prática e ajudar a
conscientizar mais pessoas sobre uma realidade em que milhares de mulheres
ainda são afetadas pela falta de informações sobre higiene menstrual e
menstruação” afirma Cristina Santiago, diretora de Marketing de Essentials e
Self Care da Johnson & Johnson Consumo.
Dados adicionais
sobre as pesquisas de SEMPRE LIVRE e da Plan International
A
pesquisa de SEMPRE LIVRE® com a KYRA Pesquisa & Consultoria, perguntou a
1500 mulheres de diferentes países e faixas etárias sobre como se sentem quando
estão menstruadas, e se a menstruação atrapalha as suas vidas de alguma forma.
Foram mulheres do Brasil, Argentina, Índia, África do Sul e Filipinas.
·
79% das entrevistadas sentem-se confortáveis
em falar sobre menstruação com pessoal com quem têm intimidade, como sua mãe e
amigas, mas evitam falar com homens (pais, irmãos, amigos, professores, e até
mesmo seus parceiros);
·
54% das entrevistadas afirmam mudarem seus
hábitos quando estão menstruadas. Dentre as atividades que mais evitam fazer
estão: entrar na piscina, praticar esportes, ir à praia, dormir fora de casa, e
até mesmo sair de casa ou ir viajar;
·
39% das entrevistadas nos cinco
países sentem vergonha quando precisam pedir um absorvente emprestado – no
Brasil o número sobe para 46%;
·
Algumas das principais sensações/sentimentos
que as mulheres relatam sobre quando estão menstruadas são: desconforto,
ansiedade, fragilidade, preocupação, inchaço, mal odor e não se sentem
atraentes.
Uma
roda de conversas, realizada pela Plan International sobre higiene menstrual e
acesso à informação sobre o tema, entrevistou 23 meninas em situação de
vulnerabilidade social, atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão, e levantou
alguns insights relevantes sobre a questão;
·
O perfil das meninas
participantes da pesquisa conta com 78,27% são negras (pretas e pardas). 78,26%
das garotas estudam; 73,91% não trabalham; 86,96% menstruam e a maioria possui
o ensino médio incompleto;
·
65,22% das participantes da
pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de forma diferente depois
da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as meninas afirmaram que a
família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso atribuíram mais
responsabilidades a elas, principalmente as atividades domésticas. Além disso,
elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não tinham
menstruado. Também disseram que o fato de terem menstruado era exposto para
várias pessoas da comunidade onde viviam;
·
68,87% das participantes da
pesquisa não se sentem confortáveis com a estrutura dos banheiros que utilizam
nas escolas. Todas concordaram que mobilizar mais meninas e jovens em torno da
discussão sobre saúde menstrual é uma boa oportunidade de realizar uma
sensibilização sobre o tema da falta de higiene e de estrutura nos banheiros;
·
78,26% das participantes da
pesquisa disseram que a menstruação é um período normal na vida das mulheres e
apenas 4,35% disseram que é uma coisa boa;
·
Nas rodas de diálogo as meninas
falaram muito sobre os sintomas associados à menstruação (dores, náuseas,
alterações de humor e inchaço) e como isso afeta negativamente a relação delas
com a menstruação;
·
Também foram pontuados os
aspectos da vergonha, da limitação de poder sair ou fazer determinadas coisas,
e de ter restrições alimentares. A maioria desses aspectos estava relacionada com
o tabu da menstruação;
·
91,3% das participantes da
pesquisa usa absorvente externo durante a menstruação e as demais usam
absorvente interno;
·
A maioria das meninas e mulheres
que responderam à pesquisa disse que se sentem sujas e doentes quando estão menstruadas;
·
Os estereótipos estavam presentes
na sujeira, vergonha, fragilidade, doença, mal-estar e isolamento;
Johnson & Johnson Consumo do Brasil
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