Imagine
passar a mão na cabeça e perceber que o cabelo está caindo? No início, perder
os fios é, realmente, algo assustador, afinal, o fato mexe diretamente com a
autoestima de qualquer um. No entanto, graças a medicina, existem tratamentos e
métodos que combatem a queda capilar ou até mesmo trazem os fios de volta.
Não
entenda mal, ainda não existe cura para a alopecia androgenética, forma como a
calvície é chamada entres os especialistas, pois, como o próprio nome indica, a
patologia é uma condição genética que afeta especialmente os homens. No
entanto, de acordo com especialistas, existem métodos que ajudam com eficácia
neste problema, como o transplante capilar, solução que promete trazer
resultado eficazes aos pacientes.
Transplante ou implante?
Os
termos confundem bastante as pessoas e apesar de serem considerados muitas
vezes a mesma coisa, existe um pequeno detalhe que faz total diferença. De
acordo com o cirurgião plástico e especialista em transplante capilar, Alan
Wells, na medicina o termo implante é compreendido como objetos artificiais
que são inseridos no corpo. Então, quando se trata de um método cirúrgico no
couro cabeludo, afim de amenizar a calvície, o nome correto é transplante,
pois, nesse tipo de procedimento, são retirados folículos saudáveis da área
doadora do couro cabeludo do próprio paciente para coloca-los na região afetada
pela calvície, que são nas famosas entradas e no topo da cabeça.
O
procedimento tem sido uma ótima solução para as pessoas calvas, que podem ser
homens ou mulheres, apesar de ser mais comum no sexo masculino, pois, a
alopecia androgenética é estimulada pela testosterona, hormônio presente em
maior quantidade neles, mas isso não impede de que elas possuam tendência para
a calvície, uma vez que, quem vai determinar isso é a genética. “É uma
patologia silenciosa, pois não possui sintomas, além da queda dos fios. Os
homens têm com mais facilidade, entretanto, ambos os sexos estão sujeitos a
isso, pois, depende da herança genética que pode ser tanto materna quanto
paterna. Além disso, para quem possui a genética positiva, outros fatores podem
facilitar ainda mais a queda, como muito estresse, ansiedade e até mesmo
alimentação com carência de nutrientes i mportante para o corpo”, explica o
especialista.
Exames necessários para identificar alopecia androgenética
De
todo modo, as causas que levam o cabelo a cair devem ser tratadas com um médico
especialista, para assim, evitar mais quedas e tratar o problema, literalmente,
pela raiz. Ao buscar um médico, ele deve fazer uma avaliação a olho nu, nesse
momento ele já consegue entender a situação que está a saúde capilar. Porém, o
especialista pode pedir uma tricodermatoscopia, um exame que possibilita ver o
couro cabeludo com uma lupa, mostrando a imagem em um computador, por meio
desse procedimento, é possível ver se existem fios anormais ou manchas, por
exemplo.
Exames
de sangue e biópsia também podem ser solicitados pelo médico, mas, além de
todos esses cuidados, também deve ser feita uma pesquisa detalhada sobre a
rotina do paciente, para tomar conhecimento sobre o histórico familiar dele, se
há casos de calvície na família e até mesmo os hábitos alimentares. “Após todas
essa análise detalhada, podemos diagnosticar a alopecia androgenética e passar
o tratamento mais adequado, em alguns casos não é necessário procedimentos
cirúrgicos, mas é recomendado o tratamento com medicamento para inibir ou
reparar algumas pequenas áreas afetadas, normalmente, isso acontece quando o
paciente percebe a perda de cabelo logo na fase inicial”, detalha o
especialista.
Técnica FUE: solução permanente para calvície avançada
O
método FUE (Folicular Unit Excision) é um procedimento minimamente invasivo e
de acordo com Wells, isso acontece porque para realizar a cirurgia é utilizado
um micro aparelho de 0.8 a 09mm de diâmetro, deixando marcas praticamente
imperceptíveis. “É um método realmente eficaz e é cada vez mais aperfeiçoado e
utilizado em todo o mundo. De um modo geral, retiramos os folículos saudáveis
nas regiões que a calvície não atingiu e realocamos nas áreas calvas”, detalha
Wells.
A
cirurgia consiste nas seguintes etapas:
Marcação da área doadoras e
receptoras
O
médico faz uma marcação nas regiões que irão doar e receber os folículos. Ele
decide isso com base nos exames feitos anteriormente, assim, ele sabe quais
fios estão aptos para crescerem normalmente.
Extração das unidades
foliculares
Antes
de fazer a extração com o micro aparelho, o paciente recebe uma anestesia no
local da extração dos fios, é um trabalho extremamente minucioso para que os
fios não sejam comprometidos.
Armazenamento das unidades
foliculares
Os
fios precisam ser armazenados em ambientes com temperatura adequada, para que
continuem hidratados e conservados. Ali os folículos são preparados para o
implante, esse processo é feito com um microscópio estereoscópico, para
garantir toda a minuciosidade que o procedimento pede.
Finalmente, o transplante
Depois
dessa preparação, os folículos estão prontos parem serem inseridos na área
receptora do paciente. São feitos orifícios super pequenos com agulhas ou
lâminas microcirúrgicas, apesar da profundidade variar de acordo com o
comprimento da unidade folicular, a cirurgia é praticamente indolor.
Segundo
Wells, a cirurgia é capaz de trazer a autoestima dos pacientes de volta. “A
calvície se tornou um problema emocional, já que afeta a autoestima, então, o
procedimento consegue mudar a forma como as pessoas se veem, até porque, os
folículos inseridos fazem o cabelo crescer novamente, e isso só é possível
porque essas unidades foliculares não possuem o genes da alopecia, uma vez que,
a patologia só atinge algumas regiões da cabeça. Então, é o próprio cabelo do paciente
crescendo novamente”, finaliza Wells.
Fonte: Alan Wells - Cirurgião Plástico
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