quinta-feira, 30 de maio de 2019

Dia Mundial sem Tabaco: 31/05


Cardiologista do HCor alerta: tabagismo triplica risco de infarto

O consumo do tabaco está associado a 30% das mortes por câncer, sendo mais de 90% deles de pulmão, 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames cerebrais


O tabagismo custa à economia global mais de 1 trilhão de dólares por ano e poderá causar um terço a mais de mortes até 2030 do que agora. Os dados fazem parte de um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos publicado neste mês. O número de mortes relacionadas ao tabaco deverá aumentar de cerca de 6 milhões para 8 milhões anualmente até 2030, sendo que mais de 80% delas vão ocorrer em países de baixa e média renda.

Se não bastasse os estragos aos pulmões e a estreita relação com o aparecimento do câncer, o tabagismo também figura entre os vilões quando o assunto é a saúde cardiovascular. O cigarro é um dos maiores agressores do endotélio - aquela parede de células que recobre os vasos sanguíneos. "Essa ação interfere com a produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico e faz como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento, o que resulta numa maior dificuldade para o sangue circular", explica Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor.

A nicotina, substância encontrada no produto, é exercida pelos sistemas simpáticos e parassimpáticos e, quando a adrenalina é liberada, influencia na redução de consumo de oxigênio, e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol. "A fumaça do cigarro contrai os vasos capilares dos pés e das pernas e, um único cigarro, já é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. A cada tragada, ocorre um endurecimento das artérias do fumante, fazendo com que o coração trabalhe mais intensamente", diz o cardiologista do HCor.


Pare de fumar e reduza as chances de ter um infarto

Qualquer tipo de tabaco pode estimular a produção de novas placas nas artérias e piorar a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias). "Os homens fumantes têm três vezes mais chances de ter um infarto, se comparado aos homens não fumantes. Nas mulheres, esse risco é ainda maior. E não só os fumantes que têm mais chances de sofrer um infarto. O fumante passivo tem aproximadamente 30% a mais de risco do que uma pessoa que não se expõe a fumaça do cigarro", alerta.

Para o cardiologista, a única forma de reduzir as chances de ter um infarto é parar de fumar. "É importante lembrar que optar por cigarros com baixo teor de alcatrão e nicotina não significa diminuir os riscos de infarto. Para facilitar o processo de parar de fumar, há opções de medicamentos no mercado, além de adesivos de nicotina e outros métodos. Mas acima de tudo, o bom resultado vai depender da determinação e força de vontade do fumante", aconselha Dr. Abrão Cury.


Programa Vida Sem Cigarro HCor

O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e chega a reduzir a expectativa de vida em 20 anos. E para auxiliar as pessoas a deixarem o cigarro e parar de fumar, o HCor possui o Programa Vida Sem Cigarro - um serviço que, em sua maior parte, é realizado por meio de consultas online - ideal para quem tem dificuldade de deslocamento ou para aqueles que viajam com frequência.

O programa online tem início entre a primeira e a última avaliação presencial realizada pelo médico, psicólogo e, se necessário, por um nutricionista. "A maior parte do programa é realizada à distância e prioriza o bem-estar de cada paciente, com a finalidade de superar as dificuldades e prestar o apoio necessário quando houver recaídas", esclarece a coordenadora do Programa Vida sem Cigarro e gerente do Serviço de Psicologia do HCor, Silvia Cury Ismael.
O projeto consiste em sessões de 30 minutos, com o objetivo de orientar o processo de cessação do cigarro, além de entrega de material de apoio. "Ele é fácil de usar e pode ser utilizado por meio de dispositivo instalado no computador, tablete e celular", explica a coordenadora do programa.

Segundo a psicóloga Silvia Cury Ismael, os jovens começam a fumar na idade de 10 a 15 anos e, muitas vezes, por influência dos pais (meninos) e por questões emocionais (meninas). A ligação emocional com o cigarro é mais forte nas mulheres do que nos homens - daí uma dificuldade maior em parar de fumar no sexo feminino. "O narguilé entre jovens têm sido um grande vilão por causar dependência, e ser um passo para outras drogas além do cigarro", pontua Silvia.


Consultas presenciais: com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, médico e nutricionista, se for necessário, especializada em tabagismo, o programa tem como objetivo a avaliação e reavaliação do paciente, para melhor dinâmica do programa.


Consultas online: acompanhamento à distância com psicólogo por vídeo consulta com o objetivo de orientar, apoiar dificuldades e prevenir recaídas.
Para conhecer o programa e se cadastrar, basta acessar o site www.vidasemcigarro.com.br ou entrar em contato com o Núcleo de Atendimento Psicológico do HCor pelo telefone (11) 3053-6611 ramais: 7600 ou 7610 ou por e-mail: vidassemcigarro@hcor.com.br

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