Assim como nos humanos, é
preciso que o animal faça acompanhamento com o médico veterinário. Geralmente,
as doenças cardíacas são adquiridas com a idade, mesmo assim os exames de
rotina podem prevenir o desenvolvimento da doença. Por isso, a médica
veterinária do Hospital Veterinário Cão Bernardo, Carolina Ferreira, fala sobre
alguns sintomas: “É muito importante ter um acompanhamento médico. Mas há sinais
que podem indicar que o pet pode estar com a saúde debilitada. Cansaço, tosse,
emagrecimento, dificuldade respiratório, desmaio, Cianose, que é quando as
mucosas ficam roxas, entre outros sintomas”.
Doença valvar degenerativa,
cardiomiopatia dilatada, cardiomiopatia hipertrófica, são algumas das doenças
mais comuns que podem atingir cães e gatos. A primeira patologia é uma das mais
comuns em cães, e atinge a valva mitral. Os sintomas mais comuns são tosse,
intolerância a exercícios e síncope. Acomete principalmente os pets de pequeno
porte.
No caso das cardiomiopatias,
tanto a dilatada quanto a hipertrófica, acontecem quando há um problema no
músculo do animal. Na primeira o músculo cardíaco fica mais dilatado do que o
normal, e na segunda é quando atrofia, ou seja, fica mais grosso. A primeira
acontece mais em cães machos e de grande porte, no outro caso, é comum em
gatos, e também mais silenciosa nos felinos. Em ambas, os sintomas comuns são
cansaço e dificuldade respiratória.
E por mais que algumas mostrem
alguns sinais, a maioria das doenças cardíacas é silenciosa, por isso é preciso
de uma avaliação médica para detectar o problema o quanto antes e evitar que o
pet venha a falecer.
As condições cardíacas podem
estar relacionadas a muitos fatores, como: idade avançada, predisposição
genética e também racial. Ferreira alerta para as raças com mais propensão a
essas doenças: “No caso de cães pequenos, temos poodle, yorkshire, maltês e
pinscher, para cães pequenos. E para os grandes, as raças são: boxer e dobermann.
Para os felinos, a raça é um fator com menos influência, mas os tutores de
persas e maine precisam estar mais atentos”.
É mais comum que as doenças
aparecem aos seis anos em cachorros, e aos quatro em gatos. Problemas cardíacos
não tem cura, mas com o tratamento adequado, hábitos saudáveis em casa e um
diagnóstico precoce é possível que a vida do pet possa ser prolongada.
O check-up cardiológico nos
animais pode incluir eletrocardiograma, ecodopplercardiograma, raio-x de tórax,
holter e medida da pressão arterial. “Em alguns casos pedimos também tomografia
e um exame de sangue conhecido pela sigla BNP, que tem nos ajudado a monitorar
a evolução e o tratamento da doença cardíaca”, finaliza Ferreira.
Cão Bernardo
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