domingo, 19 de maio de 2019

As diferenças entre emagrecer a curto e a longo prazo


A médica especialista em emagrecimento Dra. Ana Luisa Vilela, médica nutróloga da capital paulista detalha as diferenças entre perder peso na balança e ganhar saúde a curto e a longo prazo.

A especialista enumera quais são os 3 grandes pilares que norteiam qualquer perda de peso: (1) Dieta/ (2) Atividade física (3) Mudança de hábitos. Para ela, a grande diferença está em qual a velocidade a mudança de peso está objetivada.

Quem pretende emagrecer a curto prazo consegue contar com a ajuda de algumas muletas aliadas da perda de peso, são elas:


  • Enzimas: são medicamentos, portanto só devem ser aplicadas por médicos. Só assim podem proporcionar o emagrecimento saudável. “As aplicações são intra ou subcutâneos e agem no combate da gordura localizada. São compostas por substâncias eficazes e seguras que agem potencializando a quebra das moléculas de gordura, ativando assim o metabolismo", diz acrescentando que "Como são elaboradas de maneira exclusiva de acordo com as necessidades e características de cada paciente, podem potencializar em até 3 vezes mais o processo de emagrecimento. 

  • Dieta cetogênica, low carb e baixo índice glicêmico: Quem quer emagrecer precisa cortar calorias e, um dos nutrientes considerados vilão da dieta e que geralmente é o primeiro a ser eliminado do cardápio é o carboidrato. Presente em pães, massas e até em algumas frutas e legumes, o nutriente é responsável por dar energia ao organismo de forma rápida e também é importante para o funcionamento do organismo. Mas, atenção: “Cortar os carboidratos pode trazer algumas reações desagradáveis para o corpo, como tontura, dor de cabeça, insônia, dificuldade de concentração e muito mau humor”, conta a médica.  
Outra grande questão é que o nosso organismo trabalha com a chamada programação metabólica, ou seja, o corpo está acostumado a ter um determinado peso e, quando sente que estamos emagrecendo demais, acaba bloqueando a perda de peso por achar que está em perigo. “Se o organismo não tiver ao menos 25% da dieta composta por carboidratos, o corpo fica estressado e acaba compensando quando entra em contato com o nutriente novamente. Aí, uma simples batata cozida pode se converter em gordura imediatamente porque o corpo acha que vai passar pela privação do carboidrato novamente”, explica.

Nenhuma dieta restritiva é boa para o organismo e deve ser feita por um longo período. Ana Luísa ressalta que o principal, quando se trata de perda de peso com saúde, é reaprender a comer e manter uma relação equilibrada com o prato. “Todos os nutrientes são importantes para a saúde e não devem ser cortados”, conclui.

 
  • Atividade física intensa: A conta é simples e matemática - quanto mais gastar, mais emagrece. Um exercício pode ser dito como intenso, quando os batimentos estão acima de 85% da frequência cardíaca máxima (FC max). Se não há urgência na perda de peso, a médica conta que para emagrecer a longo prazo existem outros pontos de apoio.

  • Drenagem linfática: A drenagem linfática não produz emagrecimento, mas, ao melhorar a condição do edema existente no indivíduo, trazendo melhora na retenção de líquido pré-existente, passará essa impressão, pois há uma aparência de menor inchaço. 

  • Aparelhos estéticos (ultrassom, radiofrequência, eletroestimulação): Tudo o que comemos além do necessário vai sendo estocado como gordura localizada, principalmente em as áreas mais comuns de depósito de gordura nas mulheres são abdômen, flancos - os famosos "pneuzinhos" - e culotes – e aí que esses aparelhos atuam e fazem com que a queima seja potencializada. 

  • Dieta balanceada: nosso corpo trabalha com a famosa ‘programação metabólica’, ou seja, nascemos com uma determinada quantidade de células de gordura e genética que determinam qual será o nosso biótipo. Ao ingerir mais calorias do que o necessário, essas células se multiplicam e engordamos. O corpo carrega então uma “memória” deste peso e, ao buscar o emagrecimento, pode entender que estamos colocando a saúde em risco, sabotando a perda de peso. “Se passarmos boa parte da vida com um biótipo, o organismo entende que este é o seu corpo ideal e vai fazer de tudo para mantê-lo. Por isso a criança que é obesa tem dificuldade para emagrecer quando adulta. Seu organismo compreende que o ‘saudável’ para aquele corpo é manter as gordurinhas”, conta a médica.  

  • Exercícios leves: Fazer exercícios de moderada para baixa intensidade são melhores para perda de gordura durante o exercício. Exercícios mais intensos são melhores para ganho de condicionamento físico e você continua perdendo gordura após o exercício, por até 48 horas.
O segredo é conquistar tecidos ativos (músculos) e reduzir o tecido estático (gordura). A médica fala que hoje em dia o conceito de emagrecimento mudou. ”Ganhar massa e perder gordura muitas vezes é mais importante do que simplesmente reduzir peso nos ponteiros da balança”.

Por isso que comer bem e se exercitar, ter bom condicionamento físico é chave de sucesso para homens e mulheres se manterem ativos, ágeis e jovens”, fala a médica acrescentando que ”é possível ser pesado e ao mesmo ser saudável, tudo depende da constituição corporal e de um acompanhamento médico para que a perda de peso vá além da eficácia e seja segura e saudável”.






FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência  Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.
www.draanaluisavilela.com.br


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