terça-feira, 30 de abril de 2019

Saiba os cuidados no contato com o "Slime"

Brinquedo conhecido como "meleca" é sucesso entre as crianças mas requer cuidados

 Divulgação

Ao longo dos anos, as brincadeiras infantis vão se renovando, sempre sem perder a criatividade e a imaginação, característica típica da infância. Entre os mais queridos do momento entre a criançada está o Slime, uma espécie de massa de modelar grudenta e pegajosa que se deforma conforme vai sendo manuseado pelos pequenos. Mesmo parecendo inofensivo, o brinquedo exige cuidados pela sua composição química. O médico dermatologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS), André Costa Beber alerta que, embora não haja restrições da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) à gosma, é importante respeitar a idade para utilização e destaca o cuidado com os compostos caseiros.

- É preciso manter o brinquedo afastado de crianças com até três anos de idade, pois a ingestão desse tipo de material seria extremamente prejudicial à saúde. Não há restrição ao Slime caseiro, mas é preciso um adulto por perto, pois a manipulação dos ingredientes por crianças pode causar irritação, alergias e intoxicação quando há uso excessivo ou inadequado de alguns de seus componentes – sustenta o médico.

Por ser um brinquedo personalizável, as crianças têm o costume de acrescentar brilho, cola e outros compostos químicos quando o brinquedo é feito em casa. Por conta disso, o médico dermatologista destaca, além da imprescindível presença de um adulto nesse processo, a necessidade de luvas na hora da manipulação.

- O produto industrializado contém uma adequada concentração dos seus componentes, o que minimiza o risco de toxicidade. No entanto, a manipulação caseira na “fabricação” do Slime tem risco sim, principalmente pelo manuseio da água boricada. Essa substância, se ingerida ou absorvida pela pele, pode ser tóxica. Por isso a recomendação da supervisão de um adulto e, melhor ainda, que a manipulação da água boricada seja feita pelo adulto e com luvas de proteção – explica André Costa Beber.

Por outro lado, o médico destaca os aspectos positivos da brincadeira, que estimula as crianças a deixarem aparelhos tecnológicos de lado. A ferramenta estimula o desenvolvimento motor da criança, auxiliando no desenvolvimento da motricidade de forma lúdica. Sem falar que é uma oportunidade de tirar os pequenos da frente da TV, celular ou tablet.



Vítor Figueiró

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