A preparação deve começar o quanto antes, visto que, na maior parte das instituições mais renomadas é analisada a nota média do aluno em cada ano do Ensino Médio Créditos: Divulgação |
Todo ano, a empresa britânica Quacquarelli Symonds
divulga o QS World University Ranking, uma lista com as melhores instituições
de Ensino Superior em todo o mundo. Para o levantamento, são levados em
consideração seis indicadores: reputação acadêmica, reputação no mercado de
trabalho, relação entre número de alunos e professores em dedicação exclusiva,
volume de trabalhos acadêmicos publicados, quantidade de professores
estrangeiros e quantidade de alunos vindos de outros países. Cada indicador tem
um peso diferente na pontuação final da instituição de ensino, com o índice de
‘reputação da universidade’ recebendo o maior peso, cerca de 40%.
Para a elaboração do ranking 2018/19, foram
analisadas cerca de 4.500 instituições, sendo que os Estados Unidos dominaram o
ranking das 10 melhores com cinco universidades, seguido pelo Reino Unido, com
quatro, e a Suíça com uma. A USP (Universidade de São Paulo) foi a melhor
colocada brasileira, na 118ª posição mundial, e, no ranking da América Latina,
fica atrás apenas da Universidade de Buenos Aires (73ª) e da Universidade
Nacional Autônoma do México (113ª).
Fique de olho
Quem deseja cursar uma graduação no exterior deve
começar a se preparar o quanto antes, visto que, na maior parte das
instituições mais renomadas é analisada a nota média do aluno em cada ano do
Ensino Médio. “Os estudantes que começam o Ensino Básico com a metodologia
internacional, mesmo no Brasil, já estão um passo à frente, já que estarão
habituados com a metodologia, o idioma e as exigências das melhores escolas do
mundo”, explica o diretor do Colégio Positivo Internacional, Pedro Daniel
Oliveira.
Além disso, vale investir em cursos
extracurriculares, trabalhos voluntários e competições, visto que eles contam
pontos na hora da seleção. “Qualquer tipo de trabalho, ou projeto, é válido.
Aqui não existe trabalho fraco ou forte. Os alunos precisam fazer um registro
das evidências de todo o seu comprometimento com as atividades. Certificados,
medalhas, diplomas, relatos escritos, fotos, vídeos, depoimentos, tudo vale
para enaltecer e evidenciar o portfólio de tudo o que o estudante fez sem ser
obrigado a fazer”, explica Oliveira
Ele ressalta ainda a importância de escolher com
cuidado a instituição de ensino na qual deseja estudar. É muito importante, por
exemplo, que o estudante se identifique com o país no qual irá morar. “Para que
a transição seja o mais suave possível, alguns pontos precisam ser tomados em
consideração e um deles é o idioma que, dependendo do país para onde se está
indo, poderá necessitar de ajustes. No mais, vale a pena pedir o auxílio de um college
counselor, pois é necessário fazer um levantamento dos requisitos
das universidades para entrada, proficiência na língua, cartas de recomendação,
portfólios e capacidade financeira do agregado familiar”, instrui o diretor.
Depois desse levantamento inicial, é preciso
avaliar o conforto e as prioridades de cada estudante. “Após a escolha da
língua e país, e obtenção dos requisitos para a entrada nas universidades, é
preciso observar a melhor universidade que oferece o curso pretendido. Por
vezes, a instituição de preferência não está bem ranqueada no curso específico
que o aluno quer fazer e isso precisa ser tomado em consideração. Outro ponto
importante é a conscientização de que a pessoa irá morar naquela cidade por 3
ou 4 anos. Portanto, ela precisa não só se encantar pela universidade, mas também
pela cidade onde irá residir, uma vez que haverá uma mudança cultural na vida
do aluno, que também pode interferir no desempenho escolar”, orienta Acedriana
Vicente, diretora pedagógica da Editora Positivo.
Confira o ranking das 10 mais e algumas curiosidades
sobre a admissão em cada uma delas.
1 – Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT)
Para concorrer a um curso no MIT é preciso
apresentar informação biográfica, redações curtas (de 100 a 250 palavras, com
temas pré-definidos), cartas de recomendação (de um professor da área de exatas
ou biológicas, de um professor da área de humanas e da coordenação da escola),
histórico escolar e testes padronizados como SAT, ACT e TOEFL.
Preço médio anual: US$ 70.240
(aproximadamente R$ 263,4 mil).
2 - Universidade de Stanford
Para concorrer a um curso em Stanford é analisado o
histórico escolar, redação, cartas de recomendação de dois professores,
atividades extracurriculares, biografia, pontuações nos testes SAT ou
ACT, além de um teste de proficiência em Língua Inglesa, como TOEFL ou IELTS.
Preço médio anual: US$ 83 mil
(aproximadamente R$ 311 mil).
3 - Universidade de Harvard
Para concorrer a um curso em Harvard é preciso
realizar os testes padronizados SAT ou ACT e de proficiência em Inglês (TOEFL
ou IELTS). Também é realizado análise de currículo acadêmico, envio de cartas
de recomendação (duas), bem como a realização de redações.
Preço médio anual: US$ 77 mil
(aproximadamente R$ 289 mil).
4 - Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech)
Para estudar no Instituto é necessário realizar os
testes padronizados (SAT ou ACT), mais o teste SAT em Matemática nível 2 e um
teste SAT em Ciência. Duas cartas de recomendação de professores (uma da área
de Humanas e outra de Exatas), histórico escolar, relatório do coordenador da
escola, além do TOEFL.
Preço médio anual: US$ 72 mil
(aproximadamente R$ 270 mil).
5 - Universidade de Oxford
Para ser admitido em Oxford é necessário fazer um
Personal Statement (espécie de ensaio pessoal), histórico escolar, testes de
admissão (varia conforme o curso), redações e entrevistas.
Preço médio anual: de 10 mil a
27 mil libras (aproximadamente R$ 49 mil a R$ 132 mil).
6 - Universidade de Cambridge
Para ser admitido em Cambridge é necessário fazer a
inscrição no aplicativo UCAS, preencher o questionário de aplicação
suplementar, preencher a solicitação preliminar de Cambridge Online (exclusivo
para estudantes estrangeiros e para quem deseja pleitear uma bolsa de estudos),
apresentar histórico escolar, redação, exame de proficiência em Língua Inglesa
(IELTS acadêmico ou TOEFL) e participar de entrevista.
Preço médio anual: de 20 mil a
52 mil libras (aproximadamente R$ 97,8 mil a R$ 254 mil).
7 - Instituto Federal Suíço de Tecnologia -
ETH Zurich
O candidato precisa ser fluente em alemão. Além
disso, é preciso apresentar currículo, histórico escolar e exame de admissão.
Preço médio anual: de 16 mil a
26 mil francos suíços (aproximadamente R$ 60 mil a R$ 97 mil).
8 - Imperial College London
Para se candidatar a um curso de graduação do
Imperial É preciso fazer a inscrição no Serviço de Admissões de Universidades e
Faculdades – UCAS. Além disso, é necessário apresentar uma declaração pessoal,
histórico escolar, certificado IELTS, realizar testes de admissão (variam
conforme o curso) e participar de entrevistas.
Preço médio anual: em torno de
29 mil libras (aproximadamente R$ 142 mil).
9 - Universidade de Chicago
Para ser admitido na Universidade de Chicago é
preciso apresentar um pedido de admissão, redações, histórico escolar, cartas
de recomendação de dois professores, teste SAT ou ACT, certificado de
proficiência em inglês (TOEFL, IELTS ou PTE)
Preço médio anual: US$ 56 mil
(aproximadamente R$ 210 mil).
10 - UCL (University College London)
É preciso fazer a inscrição no UCAS e apresentar
teste de proficiência em inglês (IELTS). Além disso, é preciso preencher os
testes e os requisitos exigidos, de acordo com o curso escolhido.
Preço médio anual: de 18 mil a
34 mil libras (aproximadamente R$ 88 mil a R$ 166 mil).
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