Um novo estudo sugere
que a microbiota é determinante na perda de peso
Muita gente não consegue emagrecer, mesmo
praticando exercício e consumindo alimentos de baixa caloria e o motivo pode
estar no intestino. De acordo com um estudo publicado no periódico científico
Mayo Clinic Proceedings, as bactérias presentes nesse órgão, conhecidas como
microbiota, podem interferir – para o bem e para o mal – na perda de peso.
O objetivo dos cientistas era entender quais
fatores impedem uma pessoa de eliminar os quilos a mais, mesmo que ela se
esforce para isso. Foram coletadas amostras da microbiota de 26 adultos, com
idades entre 18 e 65 anos. Após três meses, o procedimento foi feito novamente.
Os especialistas dividiram os participantes entre aqueles que emagreceram, no
mínimo, 5% do peso inicial e os que mantiveram o mesmo número na balança.
Após comparar os dois grupos, os pesquisadores
notaram que o intestino do pessoal que secou alguns quilinhos era povoado com
bactérias do tipo Phascolarctobacterium, enquanto os que não tiveram alteração
na balança apresentavam mais micro-organismos do tipo Dialister.
Outra constatação é que uma microbiota com maior
capacidade de metabolizar carboidratos pode dificultar a perda de peso em
indivíduos com sobrepeso ou obesidade.
“As bactérias do intestino quebram partículas
complexas dos alimentos, garantindo energia. Mas, para algumas pessoas que
estão no processo de emagrecimento, isso pode se tornar um obstáculo”, avalia a
nutricionista clinica funcional, Adriana Magalhães.
Normalmente o intestino não recebe tanta
importância quanto deveria. Porém, uma flora intestinal que não funciona de
maneira equilibrada é uma fonte de toxinas para o organismo e impede a absorção
adequada dos nutrientes obtidos dos alimentos ingeridos.
Sem contar que metade da dopamina e cerca de 90%
da serotonina que circulam pelo corpo para gerar bem-estar são produzidas
dentro do intestino.
“O intestino é responsável pela liberação de mais
de 30 mensageiros químicos, que transmitem informação de um lado para o outro e
na comunicação do corpo com o cérebro”, lembra.
A melhor forma de cuidar da flora intestinal é
adotando hábitos saudáveis e mantendo uma alimentação natural e equilibrada.
Alguns alimentos são, no entanto, ricos em nutrientes que ajudam a manter o
sistema digestivo trabalhando a pleno vapor.
“Esses nutrientes são encontrados nos grupos dos
fermentados, das verduras e das frutas ricas em fibras. Casos mais sérios de
problemas digestivos precisam de acompanhamento médico, até mesmo para a
ingestão de iogurtes e probióticos”, finaliza Adriana.
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