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Rafael Buta,
médico urologista, fala sobre a doença que é responsável por 5% dos tumores
masculinos. O médico separou ainda dicas para realizar o autoexame nos
testículos. Confira
Abril é o mês de combate e prevenção ao câncer de
testículo, que corresponde a 5% do total de casos de
câncer em homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer
(Inca). Apesar de rara, a doença é preocupante, pois atinge, em sua maioria,
homens em idade produtiva, ou seja, dos 15 aos 50 anos, podendo ser muito
agressiva e se espalhar para outras partes do corpo rapidamente. Mas há
tratamento e grandes chances de cura.
E como a doença aparece? Rafael Buta,
médico urologista da Aliança Instituto de Oncologia, explica que o principal
sintoma é o surgimento de um nódulo endurecido ou aumento no tamanho do
testículo, que geralmente não acompanha dor.
O especialista acrescenta que a
enfermidade pode surgir por quatro motivos: histórico familiar, lesões e
traumas na bolsa escrotal, exposição a agrotóxicos, e criptorquidia, quando a
criança apresenta um testículo que não desceu para a bolsa testicular.
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Diagnóstico e
tratamento
Buta aponta que o diagnóstico
pode ser feito por meio de exames físicos ou complementares,
como ultrassonografias e exames de laboratório. "O primeiro passo do
tratamento é sempre cirúrgico, com remoção do testículo acometido. Muitas vezes
pode ser colocada uma prótese de silicone no local do testículo que foi
retirado, para manter a aparência normal da bolsa testicular", afirma Dr
Rafael.
Após a cirurgia, segundo o médico, a
decisão de realizar tratamento complementar, com quimio e/ou radioterapia
baseia-se principalmente em dois fatores: o tipo de célula presente no tumor, e
se houve disseminação da doença para outras partes do corpo. "Quando o
diagnóstico é feito na fase inicial da doença, as chances de cura chegam a
100%", ressalta o especialista.
Fique ligado!
Rafael Buta destaca ainda a importância
do autoexame nos testículos. Ele preparou três dicas de
como fazer o teste. Confira:
- Observe a pele da bolsa testicular, e
perceba se há alguma alteração na sua aparência;
- Segure um testículo de cada vez,
utilizando os dedos de ambas às mãos, e deslize os dedos pela superfície do
testículo (ela deve ser lisa). Na parte de cima e atrás do testículo é possível
sentir outra estrutura, o epidídimo (semelhante a um cordão). É normal que um
testículo seja ligeiramente maior que o outro;
- Caso perceba durante o autoexame algum nódulo, região
endurecida ou dolorosa, crescimento anormal do testículo ou alteração no seu
formato, procure o urologista para que este realize uma avaliação mais
detalhada.
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