O
envelhecimento populacional e a adoção de estilos de vida não saudáveis levaram
ao aumento das taxas de doenças crônicas não transmissíveis (DNTs), como
câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
As
doenças crônicas representam um problema de saúde pública em todo o mundo,
respondendo por aproximadamente 70% das causas de morte. Assim, aumentou a
preocupação com aspectos relacionados à saúde, incluindo a manutenção do peso
corporal e níveis adequados de glicose. Esse processo levou a indústria
alimentícia a pesquisar, formular e descobrir opções de adoçantes que
ofereceriam ao consumidor um sabor adocicado, mas sem calorias ou com conteúdo
reduzido. O resultado foram os adoçantes.
Os
edulcorantes não calóricos são agora mais usados como uma ferramenta adicional
para ter um peso saudável e, no caso do diabetes, ainda ter um sabor adocicado
na dieta sem alterar os níveis de glicose no sangue. Além disso, a evidência
clínica mostrou que eles são seguros para o corpo e, portanto, podem ser
consumidos sem preocupações. Adoçantes não calóricos são algumas das
substâncias mais avaliadas pelas autoridades de saúde em todo o mundo, o que
gera mais confiança na população.
No entanto, embora a sua popularidade tenha aumentado, ainda há discussões sobre os benefícios reais dos adoçantes não calóricos, especialmente no caso de indivíduos com obesidade ou diabetes.
Para responder a essas e outras perguntas, Iara Pasqua, nutricionista e consultora de Salud en Corto, responde as principais dúvidas sobre os adoçantes não calóricos com base no *consenso publicado pela Associação Latino-Americana de Diabetes.
1. Adoçantes e controle de peso
Os cientistas concluíram que os adoçantes não calóricos são úteis como ferramentas adjuntas no tratamento ou prevenção da obesidade quando consumidos como substitutos dos açúcares. Portanto, é essencial que seu uso seja acompanhado de um plano alimentar equilibrado que limite o consumo de carboidratos e energia para que os adoçantes funcionem como substitutos.
2. Adoçantes e diabetes
Várias agências de saúde, particularmente a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), determinaram que o uso de adoçantes não calóricos resulta em um aumento menor nos níveis de glicose no sangue do que os açúcares comuns.
Finalmente, os cientistas enfatizaram que os adoçantes não calóricos não afetam o apetite e são seguros para crianças e mulheres grávidas. Como explicaram, avaliações de organizações internacionais mostraram que elas podem ser consumidas em diferentes fases da vida e até enfatizaram que, no caso de crianças com diabetes, obesidade ou síndrome metabólica, elas podem ser uma ótima alternativa para neutralizar essas condições.
"Acredito que a mudança de comportamento acontece com informação, conhecimento. A educação alimentar pode mudar o comportamento das pessoas levando-as a escolher hábitos mais saudáveis", conclui a nutricionista.
* Consenso da Associação Latino-Americana de Diabetes sobre o uso de adoçantes não calóricos em pessoas com diabetes. Revista ALAD, outubro-dezembro de 2018.
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