A tuberculose é uma das doenças que mais matam
em todo o mundo, chegando a causar mais de um milhão de mortes anualmente
Crédito: divulgação
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Doença é uma das
que mais matam no mundo
Cerca de 10 milhões de novos casos e mais de um
milhão de mortes por tuberculose são notificadas por ano segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). A doença é uma das que mais matam no mundo, superando a
Aids. No Brasil, o número de casos também chama atenção: dados do último
boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde apontam que, em 2017,
foram registradas cerca de 70 mil novas notificações e 4,5 mil mortes pela
doença.
Transmitida de pessoa para pessoa em situações
comuns como conversar, espirrar e tossir, a tuberculose é causada por bactérias
que afetam principalmente os pulmões, mas também podem atingir órgãos como
ossos e rins. Para combater a doença e diminuir a incidência e mortalidade para
um caso a cada 100 mil habitantes - atualmente, o índice gira em torno de 33,5
casos para cada 100 mil habitantes -, foi criado o programa Brasil Livre da
Tuberculose, com um plano nacional pelo fim da doença como problema de saúde
pública até 2035.
"A gravidade pode variar de acordo com diversas
condições, incluindo o clima até o diagnóstico da doença. Quanto mais cedo,
maior a chance de tratamento e cura", destaca o assessor médico do
Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e médico assistente
da Seção de Biologia Molecular da Divisão de Laboratório Central do Hospital
das Clínicas de São Paulo (FMUSP), André Mario Doi. O tratamento da tuberculose
tem a duração de no mínimo seis meses e os medicamentos são fornecidos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o médico, o maior desafio é o paciente
seguir o tratamento até o final: "muitas pessoas param de tomar os
medicamentos quando os sintomas desaparecem. Precisamos conscientizá-los de que
é um tratamento longo e deve ser completado, independente da melhora nesse tempo.
Tratamentos irregulares podem levar à resistência aos antimicrobianos”.
Desconfiança impulsiona o diagnóstico
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A manifestação da tuberculose se dá principalmente
pela tosse. "Se o paciente tiver esse sintoma por três semanas, ou mais, é
indicada a avaliação clínica", comenta Dr André Doi. Além da tosse, os
pacientes podem apresentar outros sintomas, como febre, sudorese, emagrecimento
e cansaço físico. A infecção ocorre por meio da inalação de gotículas contendo
bacilos expelidos do portador da doença.
Exames moleculares detectam, em poucas horas,
a presença da bactéria causadora da tuberculose e ainda identificam a resistência
do organismo contra as principais drogas utilizadas no tratamento
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Exames moleculares se mostram cada vez mais
modernos e ágeis na detecção da doença. "Em poucas horas é possível
reconhecer a presença da bactéria e identificar a presença dos principais genes
que levam a resistência do organismo contra as principais drogas utilizadas no
tratamento", explica o responsável pelo laboratório da Mobius Life
Science, Lucas França. Os testes utilizam as técnicas de PCR convencional e em
tempo real, nas quais regiões específicas do genoma do Mycobacterium
tuberculosis são amplificadas milhares de vezes a fim de produzir
ácido nucleico suficiente para uma análise adequada. "Os resultados são
muito mais rápidos e de alta sensibilidade", completa França.
Mobius Life Science



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