quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Trombofilia na Gravidez



Segundo o Ministério da Saúde, grávidas são até cinco vezes mais propensas a sofrer com a doença. Elas podem apresentar desde inchaço e alterações na pele até o desprendimento da placentapré-eclâmpsiarestrição no crescimento do feto, parto prematuro e aborto. No início deste ano, o governo anunciou a inclusão da enoxaparina - usada no tratamento das gestantes com trombofilia - na lista de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

De acordo com Alberto Guimarães, mestre em ginecologia e obstetrícia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a gravidez não é um fator de risco para a doença, e sim para o aumento de coágulos no corpo da gestante. Isso acontece justamente para proteger a mulher. A coagulação sanguínea impede que, depois do parto, por exemplo, ocorra uma intensa hemorragia.

 

O que é Trombofilia? A coagulação do sangue é um processo normal do organismo que faz com que cicatrizes sejam fechadas e os coágulos sejam absorvidos naturalmente. A Trombofilia é um desequilíbrio nesse processo de coagulação do sangue onde ocorre uma maior formação de coágulos, também chamados cientificamente de trombos.

 

O que pode causar a trombofilia? "A trombofilia é hereditária. As pessoas que manifestam a síndrome têm o fator genético presente, mas nem todas que o possuem vão manifestar a doença", explica Guimarães.

Quais são as orientações? "Cada caso deve ser acompanhado individualmente por médicos responsáveis. Ninguém deve tomar qualquer remédio por conta própria", acrescenta Guimarães. 





Alberto Guimarães - Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), o médico atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”, novo modelo de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, onde a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Atuou no cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo e na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.




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