sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Doenças respiratórias no Verão: pneumologista fala sobre formas para amenizar sintomas e mal-estares



Profissional explica como tratar e evitar problemas respiratórios que afetam 40% da população brasileira.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, 40% da população brasileira apresenta sintomas de doenças respiratórias. Especialistas estimam que até o final do século 21, metade dos brasileiros devem sofrer com diversos tipos de alergias e doenças respiratórias. Asma, bronquite, rinite e faringite são doenças populares no verão, mas, além delas, existem doenças comuns de inverno que também afetam a população na estação mais quente do ano.

Assim como no inverno, o verão provoca diversas doenças respiratórias, entre elas amigdalite, sinusite, pneumonia, gripe e resfriado. O pneumologista e médico cooperado à Unimed Blumenau, Ricardo Albaneze, explica sobre essas doenças e quais as formas corretas de evitá-las.

“No verão, as temperaturas costumam ser mais altas, o tempo seco e úmido ao mesmo tempo acarretam problemas nos pulmões e/ou nas vias respiratórias. Esse fator também pode provocar irritações no aparelho respiratório e até infecções nos pulmões, causando, assim, as conhecidas doenças respiratórias de verão”, ressalta Albaneze.


Amigdalite e Faringite

Ambas são conhecidas como inflamação na garganta. A amigdalite é o quadro inflamatório das amígdalas, gânglios localizados na parte superior da garganta que atuam como órgão de defesa, impedindo que micro-organismos invadam o corpo humano por meio da boca, nariz ou garganta. Já a faringite é a doença da faringe, região da garganta que fica entre o nariz e da laringe, onde estão localizadas as cordas vocais.

“Para evitar a amigdalite ou a faringite são necessários cuidados como: manter sempre a higienização das mãos, evitar ambientes fechados e com muitas pessoas, vacinar-se contra a gripe anualmente e manter o nariz sempre limpo com o uso de antialérgicos ou soros nasais. Vale ressaltar que é importante evitar a respiração pela boca na hora de troca de ambientes (ar frio para ar quente), não fumar e praticar regularmente exercícios físicos”, explica o pneumologista.


Sinusite

A sinusite é a inflamação da mucosa nas cavidades ósseas, localizadas ao redor do nariz e atrás da maçã do rosto, testa e olhos. A doença pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, alergias ou processos irritativos. “Existem vários tipos de sinusite como a bacteriana aguda e crônica, ambas são inflamações nos seios nasais, porém, a sinusite crônica pode durar anos, ou, até mesmo, a vida toda, tendo melhora às vezes apenas com cirurgia”, completa o especialista.

De acordo com o pneumologista, é preciso ter alguns cuidados para evitar a doença, como, “locais fechados com pessoas fumantes e com grande número de pessoas, ácaros e poeira, devem ser evitados; conter ao máximo o contato das mãos ao nariz - as mãos geralmente estão infectadas por microorganismos causadores de infecção -; tomar a vacina da gripe e a vacina do pneumococo anualmente, quando solicitada pelo médico”.


Pneumonia

Conhecida como uma reação inflamatória do pulmão, a pneumonia é causada por vários micro-organismos, como, bactérias, vírus, fungos, substâncias inorgânicas e também, por reações alérgicas.

“É importante salientar que a gripe pode causar pneumonia e, por isso, precisa sempre ser tratada. A melhor maneira de evitar a pneumonia é através da vacinação. Evitar o contato com quem estiver gripado também é uma forma de precaver-se da doença, bem como, ter alimentação e hidratação adequadas, além de claro, praticar atividade física regularmente”, explica o Albaneze.

Gripes e resfriados

“A principal diferença entre a gripe e o resfriado são os sintomas, sempre acompanhados de febre. A gripe apresenta sintomas mais intensos e com maior duração, já o resfriado, as manifestações são mais leves e de curta duração”, ressalta o especialista.

“Pra evitar gripes e resfriados é aconselhável uma boa higiene nas mãos, nariz e boca. Manter-se longe de locais com grande acúmulo de pessoas, distanciar-se de lugares fechados e afastar-se de pessoas infectadas”, conclui o pneumologista.


Foto: Divulgação 

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