quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A explosão do número de obesos na população brasileira finalmente começa a dar sinais de estabilização


Segundo o Ministério da Saúde, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do ano de 2017, apontou uma estagnação do problema de obesidade nas capitais do país. Apesar do refreamento do aumento de pessoas com obesidade e sobrepeso, o número de pessoas nessas situações é muito elevado. O estudo aponta que 1 em cada 5 brasileiros são obesos (18,9%) e mais da metade da população encontra-se com excesso de peso (54,0%).

A diminuição do ritmo de crescimento da obesidade no Brasil, têm-se dado principalmente graças ao aumento do consumo de frutas e hortaliças que cresceu 4,8% entre 2008 e 2017 e da diminuição do consumo de bebidas açucaradas e refrigerantes, que registrou uma diminuição no consumo de 52,8% de 2007 a 2017. As estas duas alterações nos hábitos alimentares somam-se o aumento da prática regular de exercícios físicos que entre 2009 e 2017 aumentou em 24,1%.


Apesar da estabilização do número de obesos na população como um todo, quando a pesquisa é dividida por faixa etária, ainda há um aumento expressivo do problema na faixa mais jovem da população.


Uma das ações implementadas pelo governo para conter a epidemia da obesidade, foi o lançamento do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.


A sociedade civil organizada também tem feito ações para a conscientização da população e incentivo à mudança de hábitos. O Instituto Dona Alice de Blumenau-SC, tem levado de forma gratuita às escolas da rede de ensino municipal informação, ministrando de aulas e palestras e através de oficinas mão na massa, desperta nas crianças o interesse pela preparação de refeições mostrando que os alimentos saudáveis podem ser tão ou mais saborosos que os alimentos ultra processados. O Projeto Crescer e Semear atendeu no ano de 2018 cerca de 4.500 crianças de 4 a 16 anos, treinou as 30 cozinheiras que preparam as refeições destas crianças e realizou palestras para os pais dos alunos envolvidos no projeto, os dados coletados durante a execução do projeto serão publicados em um artigo científico sob responsabilidade da Universidade Federal de Minas Gerais.


Hoje nosso país gasta em média R$16,9 bilhões por ano com tratamentos relacionados à obesidade, que vão desde tratamento de asma e hérnia de disco até os efeitos mais conhecidos que são as doenças cardiovasculares. Ações como a publicação do Guia Alimentar, do Projeto Crescer e Semear e o acordo com a indústria alimentícia para redução da quantidade de sódio nos alimentos, mostram o despertar da sociedade para este grave problema que aflige o Brasil e a maior parte das nações desenvolvidas, segundo a OMS cada R$1,00 investido na educação alimentar e prevenção da obesidade gera uma economia de R$4,00 no médio e longo prazo.


Com o intuito de levar a Educação Alimentar e Nutricional às escolas brasileiras, o senado aprovou em 2018 a lei 13.666/2018 que tornou obrigatória a inclusão do assunto educação alimentar e nutricional nas disciplinas de ciências e biologia respectivamente. O intuito é levar informação às crianças a fim de formar hábitos alimentares mais saudáveis e com isso estabelecer na rotina destas crianças: 


• consumo consciente de alimentos saudáveis preparados de forma a levar o máximo possível de nutrientes sem perder o sabor,


• prática de exercícios físicos regularmente,


• evitar o consumo de bebidas de açúcar e alimentos ultra processados,


• conscientização dos reflexos ao meio ambiente dos hábitos de consumo.

Assim como ocorreu com o tabagismo a conscientização da população a respeito da necessidade de mudança de hábitos alimentares e de exercícios físicos requer tempo, persistência e muita informação, nenhum dos agentes (poder público ou sociedade civil organizada) conseguirá sozinho promover esta transformação, daí a importância cada vez maior de ações como o Projeto Crescer e Semear a fim de levar a mudança de hábitos já na primeira infância fazendo com que as crianças sejam agentes transformadores, ajudando a alterar a realidade das famílias brasileiras.






Lidiane Barbosa - fundadora da ONG Projeto Crescer e Semear. Presidente e Idealizadora do Projeto Crescer e Semear (desde 2015), realizado pela ONG – Instituto Alice Henrique de Campos Gonçalves, também presidido pela mesma, que só em 2018 está alcançado 4500 crianças, 50 merendeiras de 13 escolas públicas da cidade de Blumenau/SC. Crescer e Semear' é um projeto social, sem fins lucrativos, que tem como intuito mudar a EDUCAÇÃO de nossas crianças por meio da ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SABOROSA. Repensar a alimentação, incentivar hábitos saudáveis e, principalmente, ensinar como se alimentar com saúde e qualidade nutricional.
www.projetocresceresemear.com.br

Um comentário:

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