terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Saiba como diagnosticar a Esclerose Múltipla


A doença afeta o sistema nervoso central do corpo e é diagnosticada por exame de ressonância magnética


A esclerose múltipla, (abreviada como EM), é uma doença neurológica, autoimune e, infelizmente, crônica. A doença provoca lesões cerebrais e na medula espinhal, e a causa ainda é indefinida e multifatorial. Em alguns casos, a evolução pode ocasionar perda cognitiva e o aumento da dependência de terceiros.

Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), a EM é uma doença que afeta principalmente jovens adultos, em especial mulheres entre os 20 e 40 anos de idade.  Sendo recorrente em pessoas com a pele branca.
Conforme dados do último Atlas da Esclerose Múltipla, divulgado pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla, estima-se que cerca de 35 mil pessoas tenham EM somente no Brasil, sendo no mundo cerca de 2,3 milhões de pessoas portadoras da doença. Número expressivo que alerta para a importância do diagnóstico precoce em casos de sintomas aparentes.

O médico Cássio Jovem, que integra o corpo clínico do Exame, Laboratório da Dasa, explica que a doença é diagnosticada por meio da avaliação clínica de um médico neurologista, com o auxílio de exames laboratoriais, como o fluído cérebro espinhal, realizado com a coleta do líquido por meio de punção na região lombar, e também por métodos de imagem. “Os exames de imagem exercem um papel fundamental tanto para o diagnóstico, quanto no acompanhamento evolutivo da doença e seu tratamento”. Destaca o médico.


Ressonância magnética

De acordo com o especialista Cássio Jovem, o exame é realizado em aparelhos novos e modernos de ressonância magnética (RM) de 1.5T ou 3.0T. “O paciente fica deitado cerca de 20 minutos no interior da máquina e, durante este tempo são realizadas as sequências de imagem e administrado o contraste”. O exame por imagem é considerado seguro, indolor, e indispensável para a precisão do resultado.

Na esclerose múltipla, o padrão ouro recomendado é a ressonância magnética, embora outros estudos de imagem possam ser recomendados em situações específicas dependendo do caso.

Cássio Jovem detalha que os aparelhos de Ressonância Magnética de 3.0T possibilitam adquirir imagens com maior resolução e menor tempo, facilitando a visualizar lesões ou alterações antes não identificadas, tudo de maneira confortável. “O exame realizado pelo aparelho de 3.0 tesla possibilita também a utilização de novas técnicas de imagem de vanguarda em neurorradiologia, como a quantificação volumétrica encefálica, aplicação de tratografia, estudos perfusionais e a avaliação funcional encefálica”, destaca.


Preparação antes do exame

Recomenda-se o jejum nas horas prévias ao exame, e tanto para exames radiológicos quanto laboratoriais, uma boa noite de sono. É necessário também evitar a ingestão de álcool na véspera. Estas ações auxiliam na tranquilidade e principalmente no conforto do paciente ao realizar o exame.


Sintomas

Os sintomas da doença variam de acordo com o local acometido no sistema nervoso central, mas no geral, ocorrem queixas motoras, visuais, fadiga e alterações cognitivas como percepção e raciocínio, e incômodos sensitivos (sensação de frio, calor, adormecimento, pressão, formigamento e agulhadas pelo corpo).


Tratamento

Por ser uma doença de acompanhamento permanente, recomenda-se o tratamento com a participação multidisciplinar de médicos, fisioterapeutas, psicólogo e em grupos de apoio para lidar melhor com as questões emocionais que a doença pode acarretar.



Exame


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