quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Redes Sociais, pressões e juventude


Hoje, as pressões externas sofridas por um jovem são um ponto de empecilho para o pleno e saudável autoconhecimento

 

Na atualidade, as crianças e adolescentes têm acesso a conteúdo aos quais não condizem com suas capacidades de discernimento crítico. "Isso faz com que a criança ou o adolescente aprenda por osmose, o que gera problemas nas relações sociais e no desempenho escolar", comenta Valéria Ribeiro, terapeuta e coach familiar.
Outra questão, ressaltada pela coach, é a obrigatoriedade de perfeição em tudo, algo, aos olhos de Valéria, impossível para qualquer ser humano. "Com a onda das mídias sociais traz-se, também, a questão da falsa felicidade, onde só se pode postar sorrisos, coisas boas, viagens, passeios, não sendo permitido ficar triste", diz.

Em uma comparação com os tempos passados, Valéria conta que antigamente os adolescentes tinham somente os questionamentos internos sobre seu processo de se autoconhecer, se diferenciando de hoje, visto que esse adolescente está exposto a vários fatores externos que retardam ou dificultam o autoconhecimento, causando angústia, tristeza e, consequentemente, transtornos mentais.

"Todas essas questões têm tornado as crianças, adolescentes e jovens mais suscetíveis as pressões. Entretanto, isso deve ser considerado na análise da questão das dores sentidas por eles, bem como é preciso analisar o quanto os pais hoje têm protegido mais seus filhos, o quanto são poucos desafiados durante sua criação e o quanto não se desenvolve o emocional nas diferentes etapas da vida devido às poucas experiências", finaliza Ribeiro.







Valeria Ribeiro - Terapeuta e Coach Familiar, especializada em Terapia Familiar Sistêmica e Fundadora do Filhosofia


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