A cada seis meses, publico estudos sobre tendências
de mercado. Esses dados são baseados em analises e relatórios que são enviados
periodicamente para diretores e presidentes de empresas que realizo
consultoria. E em 2017, também baseado nessas pesquisas, produzimos um vídeo
para o canal no YouTube da Loyalty Miami USA abordando o tema.
Mostrei números que refletiam a realidade da
economia norte-americana e a brasileira, com foco no dólar, em relação a
algumas previsões para 2018 sobre o que aconteceria a essa mesma moeda nos
meses de março e junho. E os números bateram, chegando a casa dos R$ 4,19.
Ao eleger um novo presidente, algumas pessoas acham
que o Brasil dos últimos 20 anos vai ser completamente renovado no dia 1 de
janeiro de 2019 e não é assim. Há várias etapas jurídicas que as aprovações de
projetos, leis e afins precisam seguir.
A projeção para o dólar em 2019
Situação 1
Eu elaborei alguns cenários que são públicos e que
foram divulgados pelo Banco Central Brasileiro (Bacen) sendo que o primeiro é
analisado por esta própria instituição. O BTG também faz um panorama parecido
em que colocam o Brasil com 150 pontos.
Essa análise é basicamente um milagre, que acho
pouco provável, porque teríamos que contar com um grande comprometimento do
presidente da república para que o país possa finalmente ter caixa e estrutura
financeira. Olhando de uma forma muito macro, não depende nem só do país, mas
também de alguns vizinhos. Inclusive, uma movimentação negativa em algum ponto
na América Latina bastaria para influenciar a economia brasileira.
O Bacen prevê a taxa de juros, e o interjuris
americano previsto para dez anos, caindo meio ponto em percentual, o que é
bastante. O que eu também não acredito que vá acontecer. Está havendo uma certa
preocupação com alguns gastos e existe uma oferta muito grande de dinheiro no
mercado. O governo vai tentar segurar isso um pouco, por enquanto, mas acho que
o Banco Central está sendo muito positivo.
Situação 2
Há algumas apostas de alguns bancos internacionais
em focar no mercado especulativo, que inclusive já começou em junho deste ano.
Existe ainda algum dinheiro de especulação no Brasil, que em 2018 captou mais
de R$6 bilhões em recursos internacionais para o mercado financeiro, que veio
de quem especula moeda. Por isso, esse dinheiro não é declarado, porque muitas
vezes não vem identificado dessa forma.
Existe um cenário visto por alguns bancos
especialistas no mercado especulativo. Estou falando de especulação, o pior dos
cenários, onde é visto que o Brasil irá enfrentar muitos impasses políticos e
que o Bolsonaro não vai conseguir aprovar tudo o que ele quer por conta de uma
contrapartida muito grande e divergências políticas. Também apostam na demora
na reforma previdenciária, dificuldade nas negociações e dividas.
Tudo isso vai jogar o risco país lá em cima
causando instabilidade de moeda, insegurança financeira, e o dólar flutuaria
entre R$4,80 e R$4,90. Cenário de caos. Muito perto do que o Brasil enfrentou
em junho deste ano.
Situação 3
É o cenário que eu enxergo e que algumas
instituições financeiras mais conservadoras e frias estariam de acordo. O
Brasil vai conseguir passar alguns projetos da reforma previdenciária porque,
se não, algumas mudanças necessárias para que a economia tome folego, não
ocorrerão. A manutenção do cenário internacional de hoje não é o pior dos
mundos, mas também não é o melhor a ponto de esperar o dólar entre R$3,30 e
R$3,40.
O risco país nesse caso vai ficar entre 220, no
máximo 240 pontos. Acredito neste fato porque já vi alguns números semelhantes
e também aposto na manutenção do dólar entre R$3,85 e R$3,95 durante o ano.
O mercado internacional é muito aberto para o
produto brasileiro, mas o micro e pequeno empresário não tem qualquer incentivo
para se projetar no mercado externo. Sem contar que muitas vezes ele não nem
conhecimento sobre como fazer isso. Se houver algum empenho por parte da equipe
econômica que vai assumir, conseguiríamos um reflexo positivo na balança
comercial.
A minha opinião sobre a taxa Selic, em 2019 por
parte do Governo atual, será de 8%. Eu acho que vai subir um pouco mais,
justamente por conta dessa expectativa exagerada sobre a nova conjuntura
política.
Acredito que a taxa de juros prevista para o
próximo ano é bem real, nós vamos chegar nela. Mas antes haverá um pequeno
aumento, se não as pessoas vão se arrebentar no crédito. É preciso tomar
cuidado, tanto quanto o excesso quanto a inadimplência, porque o Bolsonaro não
vai conseguir transformar tudo em seis meses.
Em 2018 a Balança Comercial teve uma captação de R$
68 bilhões, o que eu não acho ruim, mas que está longe da capacidade do país.
Existe uma previsão que supere R$70 bilhões em 2019, o que também poderia
melhorar. O Brasil tem uma capacidade gigantesca, náutica, de alguns ramos de
tecnologia, em nióbio, exploração de petróleo, monopólio da Petrobrás, uma
série de recursos que podem triplicar este montante. Basta ter coragem para
colocar o dedo na ferida.
Daniel Toledo - advogado especializado em direito internacional,
consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações,
acesse: http://www.loyalty.miami
ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami.
Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 57 mil seguidores http://www.youtube.com/loyaltymiamiusa
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empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.
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