À medida que as barreiras tecnológicas são
quebradas, pacientes e médicos trocam informações antes e depois do tratamento
Esta mesma tecnologia traz a estranha sensação de que os continentes e países estão mais próximos, tamanha a facilidade de adquirir produtos importados em lojas on-line de outros países, fechar negócios com empresas estrangeiras sem sair da cadeira da sala de estar e ainda fazer consultas médicas a distância e se programar para procedimentos apenas nas datas agendadas pelos especialistas. A telemedicina está se tornando um facilitador e tem incentivado o turismo médico globalizado. À medida que as barreiras tecnológicas são quebradas, os pacientes e a equipe clínica podem trocar informações e preocupações antes e depois da cirurgia.
Segundo Julia Lima, presidente da Associação Brasileira de Turismo de Saúde, a tecnologia provou ser um catalisador para o crescimento do turismo médico, e os estados e as empresas brasileiras relacionados a este segmento devem estar antenados a esta tendência globalizada. "Para um paciente que considera os cuidados de saúde no exterior, há três considerações principais: a qualidade dos médicos; a infraestrutura de hospitais, clínicas e hotéis; e a facilidade de acessar informações sobre a credibilidade destas empresas. Para facilitar a ABRATUS está lançando a plataforma de Concierge de Saúde e Turismo das Américas – para dez países (oito idiomas) e cerca de seis milhões de pessoas – com objetivo de captar turistas pacientes para os associados e afiliados certificados. A ferramenta é estratégica e permite orçamentos turísticos e de saúde, compartilhamento de prontuários, diagnostico, telemedicina, entre outras facilidades", complementa.
As soluções tecnológicas derrubam fronteiras e facilitam o trabalho dos médicos, que têm mais acesso ao histórico de saúde do paciente e a todos os exames realizados. Com acesso facilitado às informações importantes e oportunas ao tratamento, há mais chances de o profissional de saúde garantir resultados mais eficientes nos procedimentos e no acompanhamento durante a recuperação. Essas ferramentas também ajudam a melhorar o atendimento ao paciente e permitem que as organizações digitalizem e transformem fundamentalmente as operações, garantindo o sigilo das informações trocadas.
Com a atual tendência dos cuidados de saúde interligados, o avançado uso da tecnologia permitirá a ideia do "Hospital Inteligente", uma realidade até 2020.
Essa transformação digital já é fato em várias empresas do segmento de saúde e também em alguns países está relacionada à Internet das Coisas, um sistema de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e dispositivos de avaliação de dados interconectados. Este sistema está empregando soluções habilitadas por Inteligência Artificial (IA) e a vasta quantidade de dados para contribuir com os cuidados com a saúde e, na vanguarda desta revolução, estão a Ásia-Pacífico, a Europa e a América do Norte.
O Brasil, reconhecidamente berço de importantes faculdades de medicinas, hospitais e médicos renomados internacionalmente também tem muito potencial para atrair estes viajantes: "Para alavancar o Brasil como destino de saúde, a ABRATUS está executando um plano - a longo prazo - para aperfeiçoar a conexão entre os prestadores acreditados de serviços, governo, agentes de promoção, facilitadores e o trade de turismo, que não relacionam todas as atividades econômicas entrelaçadas na construção de serviços. Com essa junção de comunicação e investimento em plataforma tecnológica que atingirá 38% do mercado mundial varejista, vamos formar a imagem de um destino apropriado de turismo de saúde internacional. Estamos abertos a orientar os prestadores de serviço deste setor sobre a forma mais saudável e lucrativa de investir na área", finaliza Julia Lima.
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