segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Planejamento condominial 2019: como fazer?


 De gestão orçamentária a relacionamento com pessoas, especialista em direito condominial explica quais são os principais pontos que o síndico deve avaliar para planejar 2019


Com o fim do ano se aproximando, as preparações para 2019 já começam acontecer.  E nos condomínios, isso não é diferente. Parece complexo, mas é possível prever alguns dados e ter informações para que 2019 comece bem – financeiramente – nos condomínios. 

A fim de evitar gastos desnecessários e se preparar para imprevistos, o síndico já pode fazer o planejamento nos próximos meses, momento ideal para rever ações que foram tomadas ao longo do ano e se preparar para os próximos passos, mantendo uma gestão saudável e condôminos satisfeitos. “Aconselhamos que o planejamento do ano seguinte seja feito até novembro do ano anterior, assim haverá tempo para processar a decisão assemblear, bem como fazer quaisquer adequações necessárias ao próximo exercício”, explica o especialista em direito condominial e diretor da CreditCon, Dr. Hadan Palasthy.

De acordo com Palasthy, o síndico deve manter os pés no chão para não deixar brechas para imprevistos. “O planejamento ideal é aquele que é feito dentro da realidade dos gastos e receitas. Aconselhamos o síndico a sempre dividir temas polêmicos e de gastos extras relevantes ou fora da previsão orçamentária junto da assembleia”, explica. 

Par esclarecer melhor como um bom planejamento pode ser feito, Dr. Palasthy enumera os principais pontos que não podem ser esquecidos:


Comunicação e gestão de conflitos

Ideal para que todos tenham a condição de participar e contribuir na melhora do local onde residem ou trabalham. O síndico deve se empenhar no esforço em entender o seu local de trabalho, bem como as peculiaridades individuais e sociais de onde atuará ou como foi o ano neste quesito. Fazer um balanço pode ajudar a entender o período para fazer diferente em 2019. 


Planejamento administrativo

Analisar metodologias de trabalho que podem facilitar a gestão do prédio, como o uso de aplicativos, softwares, contratação de empresas especializadas, entre outras ferramentas. Com a tecnologia e o smartphone, é possível evoluir de maneira prática em muitos quesitos que auxiliam na gestão do condomínio. 


Gestão de pessoas

O síndico não deixa de ser uma liderança dentro do grupo e, por isso, deve exercê-la. Buscar ter postura de líder, além de orientar, dar suporte e qualificar os colaboradores devem ser atitudes do profissional.


Gestão de financeira

O síndico deve criar uma previsão orçamentária detalhada, destacando os pontos que podem ser melhorados e onde deve economizar. “Vale lembrar que as maiores despesas de um condomínio são relacionadas a comodidade, logo, os anseios condominias também são fundamentais para uma boa elaboração da previsão orçamentária”, explica Dr. Palasthy. 


Controle da inadimplência

O síndico deve estar de olho ao controle financeiro do condomínio. “Ele deve estar atento na evolução da inadimplência, aplicando métodos de composição amigáveis. Desta forma, é melhor para encontrar uma solução e evitar que os valores se acumulem e se tornem impagáveis”, explica Dr. Palasthy. 


Compartilhar ideias

Além desses tópicos acima, Dr. Palasthy afirma que outro ponto importante para a elaboração de um bom planejamento é contar com profissionais especializados.

 “Por mais que haja experiência do síndico, sempre é bom o auxílio de profissionais do ramo, sejam eles, administradoras, contadores, o próprio Corpo Diretivo, dentre outros que julgarem capazes. Assim muito mais abrangente será a previsão, não deixando espaço para muitos eventos não previstos”, afirma.

Dr. Palasthy reforça ainda que, um bom planejamento pode evitar que as cotas condominiais se tornem muito elevadas, o que normalmente é ocasionado por má gestão, como gastar mais do que arrecada. “O síndico deve estar atento a inadimplência para que ele não atinja patamares elevados, o que inviabilizaria um acordo, além claro de onerar todos os demais condôminos que pagam em dia, já que esta inadimplência deverá ser levada em consideração quando da previsão orçamentária”, finaliza.


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