Os dados já são hoje mais preciosos que o combustível, mas por si
só não são suficientes para expressar algo. Para que tenham um significado útil
e relevante na tomada de decisão eles precisam passar antes por algum tipo de
análise e interpretação.
Sinal dos tempos, os dados
gerados no mundo todo têm aumentado de forma exponencial ao longo dos anos – e
esse ritmo deve ser mantido em um futuro próximo. Contudo, até o momento,
apenas 0,5% de tudo isso é analisado. É possível imaginar todo o potencial
existente nos outros 99,5% que nunca foram explorados por soluções de big data
e inteligência artificial? Temos, portanto, um imenso oceano para navegar.
Por meio do Wi-Fi, que passou a
ser um grande sensor de informações, coexistem a mobilidade, que pode ser tanto
indoor como outdoor, e o enriquecimento de dados e a consequente aplicação da
inteligência artificial sobre as informações enriquecidas e trabalhadas dentro
de um ecossistema. Em outras palavras: transforma-se o pouco em muito.
A mobilidade indoor diz
respeito ao fluxo de pessoas em locais de grande concentração de público, como
parques de diversão, estádios de futebol e shopping centers. O usuário não
precisa nem sequer estar logado em uma rede para que sua movimentação seja
acompanhada. Por meio de um mapa de calor pode-se visualizar dados de densidade
de pontos e obter uma visão geral do comportamento dos visitantes, além de
saber o que mais curtem e do que menos gostam e, assim, aprimorar as
estratégias de vendas e publicidade.
Já a mobilidade outdoor
compreende o fluxo externo dos usuários, seja ao saírem do transporte público
ou acessarem uma loja de departamentos. Ao gerir a inteligência artificial, a
empresa consegue saber, por exemplo, o percentual de pessoas que frequentam
aeroportos e rodoviárias ou quem vai apenas ocasionalmente a esses locais. São
informações muito ricas e insights valiosos sobre o comportamento do cliente
que podem se tornar uma vantagem competitiva para as corporações que investem
nessa prática.
A segunda via de entendimento
gerada pela inteligência artificial aplicada em redes de Wi-Fi é o
enriquecimento dos dados. Aqui temos a inteligência artificial aliada ao
machine learning e ao deep learning. O primeiro é a prática de usar algoritmos
para coletar dados, aprender com eles, e então fazer uma determinação ou
prognóstico sobre alguma coisa no mundo. O segundo trabalha com análise de
dados brutos, o que possibilita um campo de atuação ainda mais amplo, e pode
classificar informações contidas em diferentes formatos, como áudios, textos,
imagens, sensores e bancos de dados.
No nosso entendimento, uma
experiência se transforma em inesquecível quando sai do convencional e o grande
responsável por proporcionar esse encantamento do usuário é o big data. Juntas,
inteligência artificial, machine learning e deep learning conseguem, por meio
da informação, individualizar a experiência do usuário final e, ao mesmo tempo,
ser um diferencial estratégico para o cliente.
Rafael de Albuquerque - fundador e CEO da Zoox Smart Data
Zoox
Smart Data
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