sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Tudo que você precisa saber sobre gravidez em casais homoafetivos


Histórias como a das personagens Selma e Maura, da Novela Segundo Sol já são bem mais frequentes no Brasil. Saiba quais são as opções de tratamentos de Fertilização e se há diferenças nos procedimentos feitos em homens e mulheres 


Tem sido cada vez maior o número de casais homossexuais que têm buscado a concepção de filhos biológicos. Sejam homens ou mulheres, a medicina atual tem se modernizado, para oferecer mais procedimentos que possam efetivar esse desejo. Porém, quando o casal decide dar esse passo na vida, inicia-se um longo processo até que um bebê esteja em seus braços. 

Muitos casais optam primeiramente pela adoção. No entanto, devido a burocracia e extensa demora que o sistema apresenta, muitos acabam desistindo pelo caminho. Por isso, a demanda de reprodução assistida para casais homossexuais. "Hoje a estrutura médica brasileira para apoio a esses casais está bem evoluída o que vem favorecendo a popularização desses métodos por casais homossexuais de todo o país. Os procedimentos disponíveis para induzir uma gestação têm se tornado cada vez mais rápidos, assertivos e menos desgastantes", afirma o Dr. Alfonso Massaguer, especialista em Reprodução Humana de diretor-médico da Clínica Mãe de Reprodução, em São Paulo. 

Os casais homossexuais compostos por mulheres poderão recorrer a um banco de espermas, e é possível também que o óvulo de uma das parceiras seja fecundado e implantado no útero da outra parceira, envolvendo dessa forma as duas durante o processo, caso a saúde de ambas esteja propícia a esta técnica. Neste caso o único ponto a ser observado é que ambas precisarão ingerir uma alta dose de hormônios durante o tratamento. 

Para casais homossexuais compostos por homens o processo é complexo, pois precisará contar com o envolvimento de uma terceira pessoa (uma mulher progenitora) sendo necessário encontrar também uma doadora de óvulos. Normas legais estabelecem que para gerar um filho para outra pessoa, a barriga solidária necessariamente deve pertencer a família do casal e por questões de segurança médica e êxito do procedimento, deve ter até 50 anos de idade. 

Uma vez efetuada a escolha da barriga solidária, e definidos os detalhes da doação dos óvulos, os candidatos a papais devem determinar qual dos dois fornecerá o sêmen para fecundação. "Avanços na medicina já permitem que os óvulos sejam fecundados pelos dois parceiros, porém ainda não é um processo tão difundido por impactar os percentuais de êxito do procedimento", explica o especialista. 

Os tratamentos de maior abrangência nesse setor são a Inseminação Artificial e a Fertilização In Vitro. Na inseminação artificial a mulher é submetida ao procedimento durante o período fértil, onde o sêmen é introduzido no útero em ambiente hospitalar, ocorrendo a fecundação de forma natural. "Nos casos de fertilização In Vitro, o óvulo é fecundado em ambiente laboratorial e após a evolução do embrião, o mesmo é implantado no útero da mulher que irá gestar, seja uma das parceiras ou a barriga solidária", conclui o Dr. Alfonso Massaguer. 







Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335 - www.mae.med.br   -  Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas eEspecialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.   


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