Característica genética,
hipermobilidade articular traz benefícios como a possibilidade de realizar
movimentos com maior facilidade do que a maioria da população, porém,
deficiência na produção de colágeno pode resultar em dor e problemas de saúde
grave
Conseguir dobrar os dedos das mãos em até 90º, encostar o polegar da mão no antebraço do mesmo lado e alcançar a palma das mãos no chão sem dobrar os joelhos estão entre as principais características da hipermobilidade. Embora esta condição apresente diversos benefícios, principalmente para quem pratica atividades físicas como dança e ginástica, ela pode trazer consequências negativas e exigir maior atenção.
- Em geral, a hipermobilidade articular é benigna, o problema é quando ela se associa a outros problemas como deslocamento de articulações, alteração vascular e até mesmo um rompimento arterial– explica a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Têmis Maria Felix.
Estes problemas são conhecidos como síndromes, que podem ser de vários tipos, como Ehlers-Danlos, Marfan e Osteogênese Imperfeita. Na maioria dos casos, elas ocorrem devido a defeitos genéticos na produção do colágeno, proteína que constitui a pele, vasos sanguíneos, olhos, músculos, ossos e tendões. A recomendação, nestes casos, é buscar por especialistas.
- O médico geneticista têm condições de investigar a hipermobilidade grave, que pode se manifestar através de luxações articulares – complementa Têmis.
Conforme exposto, o tratamento deve ser multidisciplinar com o objetivo é manter as articulações estáveis e deixar a musculatura mais resistente, além de ensinar o autocontrole dos sintomas.
Francine Malessa
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