- Federação Mundial da Obesidade revela que 85% dos brasileiros acreditam que pessoas com excesso de peso provavelmente são discriminadas
LONDRES /PRNewswire/ -- Nova
pesquisa revela que mais de quatro em cinco adultos no Brasil acreditam que
pessoas obesas são vistas negativamente por causa do excesso de peso e 85% dos
brasileiros acreditam que as pessoas obesas são provavelmente discriminadas.
Essa forma de discriminação é mais forte do que outras, como a de gênero (73%)
e de identidade étnica (69%).
O resultado da pesquisa mostra que
as pessoas com obesidade experimentam estigma e discriminação em todos os
aspectos de suas vidas. Três em cinco brasileiros adultos que convivem com a
obesidade se sentiram criticados por causa do excesso de peso em lojas de
roupas ou em situações sociais e, preocupantemente, cerca da metade se sentiram
criticados em instituições de saúde (51%) e academias de ginástica (46%).
Estigma por excesso de peso também
é percebido on-line. Mais de uma em quatro pessoas
obesas se sentiram julgadas on-line por causa de seus pesos. Uma análise
separada, feita pela Federação Mundial da Obesidade (World Obesity
Federation), revelou que quase 10.000 tweets com linguagem
estigmatizante na mídia social desde janeiro de 2018, o que inclui humilhações
e abusos por causa do corpo.
O impacto do estigma e da
discriminação por causa do excesso de peso têm longo alcance. Ele pode
prejudicar a carreira das pessoas, com mais de um em cinco brasileiros
admitindo que, entre dois candidatos igualmente qualificados para um emprego,
eles escolheriam um com peso saudável, em detrimento do candidato com excesso
de peso. O estigma também traz consequências para a saúde física e mental:
descobriu-se que pessoas obesas evitam buscar tratamento médico e tendem a se isolar socialmente.
Em termos do que influencia o
estigma do excesso de peso, a Fundação Mundial da Obesidade acredita que a
mídia exerce um papel fundamental. Muitos brasileiros adultos pensam que o
noticiário (38%) e a mídia popular (48%), tais como a TV e revistas, pioram a
opinião pública sobre pessoas com obesidade. A Federação Mundial da Obesidade
também publicou um relatório, baseado em pesquisa publicada na Clinical
Obesity, destacando a prevalência de imagens e linguagem negativas usadas
na publicação de notícias sobre a obesidade na mídia on-line.
À luz das descobertas, a Federação
Mundial da Obesidade está expondo exemplos de discriminação com o propósito de
acabar com o estigma do excesso de peso (#endweightstigma) no Dia Mundial da
Obesidade, argumentando que estigmatizar pessoas com obesidade afeta suas
oportunidades na vidas e a saúde física e mental delas, ao mesmo tempo que
ignora as múltiplas e complexas causas que levam à obesidade.
A
presidente-executiva da Federação Mundial da Obesidade, Johanna
Ralston, disse:
"Neste Dia Mundial da
Obesidade estamos conclamando a mídia a reformular a narrativa sobre a
obesidade e as empresas da mídia social a reprimir abusos contra a obesidade
on-line. Mudar a narrativa sobre doenças e outros problemas de saúde pode
transformar as percepções do público e melhorar a qualidade de vida e os
resultados para os pacientes".
O diretor
geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus,
disse:
"Todos têm direito à vida
saudável em um mundo em que escolhas saudáveis são fáceis de fazer.
Desafortunadamente, em nosso mundo moderno, manter uma dieta saudável e ter um
estilo de vida ativo é, frequentemente, difícil. Para muitas pessoas, isso se
traduz em obesidade e saúde ruim.
"Porém, os governos podem
lidar com isso. Tornar alimentos saudáveis facilmente disponíveis nas
comunidades, locais de trabalho e escolas é essencial para proteger as pessoas
contra a obesidade. Restringir a comercialização de alimentos e bebidas
prejudiciais às crianças, tributar bebidas com açúcar e banir ácidos graxos
trans industrializados em alimentos são medidas que atacam as principais causas
da obesidade. Fornecer mais oportunidades para transporte ativo e lazer é
essencial para promover melhor saúde".
Para coincidir com o Dia Mundial da
Obesidade, um novo identificador no Twitter, o @endweightstigma, foi criado
para destacar exemplos de discriminação. Qualquer um pode destacar práticas
boas e ruins de empresas, instituições ou indivíduos, quando vê exemplos de
linguagem ou imagem estigmatizante, ao escrever no Twitter @endweightstigma ou
usar a hashtag #endweightstigma. Mais informações sobre
como ajudar a combater o estigma do excesso de peso podem ser encontradas no website
da Federação Mundial da Obesidade (http://www.worldobesity.org).
A Federação Mundial da Obesidade
também publicou um Banco de Imagens para a mídia, editores de
fotografia e profissionais de saúde usarem em publicações sobre a obesidade.
Isso inclui uma variedade de visuais não estigmatizantes em diferentes opções,
fornecendo uma reflexão mais precisa sobre a convivência com a obesidade.
FONTE World Obesity Federation
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