domingo, 28 de outubro de 2018

Jardins suspensos são tendência que devolvem o verde ao cenário urbano


Sustentabilidade e beleza se misturam nos prédios residenciais das grandes metrópoles


Cada vez mais notamos o verde voltando a seu lugar de direito dentro dos centros urbanos do mundo todo. Projetos de arborização e consciência ambiental são uma parte das soluções que andam se popularizando. Cada vez mais prédios residenciais tem ganhado jardins suspensos em suas sacadas, que exploram um novo conceito em verde urbano. Com consumidores mais exigentes, as construtoras buscam inovações sustentáveis para atrair e engajar o público.

É comum notar uma busca de moradores por ter uma área verde dentro de casa, mesmo quando estes se encontram a muitos metros do chão. “Notamos um aumento de projetos arquitetônicos e paisagísticos que buscam implementar o verde dentro de ambientes pequenos, como as varandas de apartamentos”, explica Danny Braz, fundador da Regatec, empresa especializada em irrigação sustentável. “Esse tipo de projeto demanda uma tecnologia de ponta para manter o jardim suspenso vivo, levando água para grandes alturas, sem gerar desperdício, tanto energético quanto hídrico”.

A tendência nasceu com jardins feitos pelos próprios moradores de diversas localidades. É perceptível a busca do verde por quem está cercado pelo centro urbano. Assim, tornou-se lugar comum falar sobre implementar jardins artesanais. “A desvantagem de um jardim feito pelo próprio morador, é que ele não conta com um sistema de cuidado automatizado, que gerencia a vida das plantas, que possibilita economia de água, e ainda lida com espécies que nem sempre são nativas da região”.

Ter plantas frutíferas, nativas originalmente de cada área da cidade é algo que faz toda a diferença, pois pássaros são atraídos para a região e a saúde da planta fica mais preservada. A demanda por água é compatível com os níveis de chuva, evitando o desvio de água dos reservatórios, o que contribui para tempos de seca.

Muitos projetos residenciais já nascem com tecnologia e conceitos sustentáveis atrelados a eles. É o exemplo de prédios como o Bosco Verticale, em Milão, e o SEED, criado pela construtora Gamaro em parceria com o paisagista Ricardo Cardim, e a Regatec, e que será um prédio residencial com fachada de Mata Atlântica, em São Paulo. Uma referência que ditará o futuro dos projetos ambientais sustentáveis no mundo todo.

Esse tipo de projeto é complexo, demanda uma união de profissionais altamente especializados, porém representa o futuro da urbanização em diversos aspectos. “O bem estar de se morar em um ambiente com o verde é imenso. Não só em termos de beleza, mas em termos de saúde, já que a vegetação filtra gases poluentes, abafa os ruídos de poluição sonora e ameniza a temperatura da residência”, finaliza Braz





Regatec


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