Os animais de estimação podem adquirir doenças sexualmente transmissíveis ao acasalar ou até mesmo durante um passeio.
O assunto é tão pouco abordado que
muitos tutores nem desconfiam que esse tipo de doença também se manifesta entre
os animais. As DSTs em cães podem causar sofrimento, reduzir a qualidade de
vida do pet e até mesmo ser fatais.
Existem duas principais doenças que
atinge os cachorros:
TVT
O tumor venéreo transmissível ou Tumor
de Sticker, é um tumor contagioso que afeta principalmente os cães que vivem
nas regiões urbanas. Ainda não se sabe a causa da doença, mas especialistas
desconfiam que o responsável seja um vírus.
Essa DST em cachorro é
transmitida pelo o contato com os órgãos sexuais de pets afetados. Isso
acontece durante o cruzamento ou até mesmo durante um passeio, pois os cães têm
o hábito de lamber e cheirar a região genital de um animal que não conhecem.
Os sintomas dessa DST são visíveis a
olho nu e o tutor pode percebê-los em casa. Os animais acabam por desenvolver
nódulos e tumores na região genital e em mucosas, como a boca e as narinas.
Esses tumores sangram com facilidade e doem, fazendo com que o pet deixe de
comer e/ou urinar.
Felizmente, há um tratamento com 90% de
chances de cura da doença afirma Livia Romeiro do Vet Quality Centro
Veterinário 24h. Ele consiste na remoção cirúrgica dos tumores e em um período
de quimioterapia, que costuma causar efeitos colaterais nos cães, como perda de
pelos, anemia, febre e problemas gastrointestinais.
Brucelose
Essa doença, causada pela
bactéria Brucella Canis ou Brucella abortus, infecta não
apenas os cães, mas também os gatos.
A bactéria penetra em qualquer mucosa
do animal, como ânus e boca, causando sintomas difíceis de serem percebidos.
Nas fêmeas, a doença causa inflamação
uterina e aborto. Nos machos, há inflamação do saco escrotal e esterilidade.
Desde que são infectados, os pets já
podem transmitir a doença para outros cães. Isso pode ocorrer durante o
acasalamento, através do contato com o sêmen e a urina de pets contaminados.
No parto, os filhotes são contaminados
e, caso ocorra um aborto, o material expelido também será contagioso.
Para o tratamento, é recomendada a
castração. Porém, mesmo após a retirada dos órgãos reprodutivos, a contaminação
continua acontecendo, o que faz com que alguns veterinários indiquem sacrificar
o animal.
Previna as DSTs em cães
Para que o pet não seja contaminado, é
preciso evitar o contato do peludo com os agentes causadores das doenças.
Para isso, se o tutor está pensando em
cruzar o seu pet, deve-se tomar alguns cuidados. Realizar exames para assegurar
que o animal está saudável e solicitar ao tutor do parceiro que faça o mesmo,
minimizando o risco de adquirir doenças durante o ato sexual.
Durante o cio das fêmeas, deve-se ficar
de olho em seus movimentos! Não permitir que machos desconhecidos se aproximem
e certificar que ela está em um local seguro. Devido ao instinto, os animais
costumam fugir de casa e podem acasalar até mesmo entre frestas no portão em
minutos.
Já no dia a dia, tome cuidado nos
passeios. Não há nada de errado socializar com outros animais, mas nada de
cheirar ou lamber as áreas genitais dos cães desconhecidos, pois não há como
saber se o animal é ou não saudável.
Se o pet estiver doente em casa,
isole-o dos demais cachorros durante o tratamento e o período de contaminação
da doença. Pergunte ao veterinário quando a reaproximação deve acontecer,
protegendo o animal sadio.
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