- Outubro é o mês que marca a conscientização sobre a saúde da mulher e as doenças respiratórias não devem ser esquecidas
- Mulheres com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) precisam lidar com 25% mais crises respiratórias3
- Apesar de não ter cura, DPOC tem tratamentos que melhoram a qualidade de vida4-5
Outubro é um mês historicamente dedicado à saúde da mulher, com grandes campanhas de conscientização, especialmente com relação ao câncer de mama. No entanto, uma doença que atinge muito as mulheres não pode ser deixada de lado. Estima-se que, devido ao uso do cigarro, quase 60 mil mulheres morrem todos os anos no Brasil6. E a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma grande responsável por essas mortes.
A doença, caracterizada por uma diminuição progressiva da capacidade pulmonar, afeta especialmente as mulheres7, sendo 50% mais propensas a desenvolver DPOC do que os homens7. Elas também precisam tomar mais cuidado com doenças relacionadas à DPOC: asma, ansiedade e depressão são mais comuns entre as pacientes que têm a doença pulmonar8-10.
As pacientes do sexo feminino ainda têm 25% mais crises respiratórias, as chamadas exacerbações3. Apesar de homens e mulheres terem falha no diagnóstico nos casos de DPOC, os homens alcançam mais diagnósticos (58%) do que as mulheres (42%)11.
Apesar de não ter cura, o lado bom é que a DPOC tem tratamento4-5. "Na DPOC, cada paciente tem o seu tratamento ideal e o médico procura o que trará melhor resultado. Com o uso dos broncodilatadores e Programas Multidisciplinares de Reabilitação Pulmonar, por exemplo, muitas vezes se consegue uma melhora na vida de quem tem a doença", lembra o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Diretor Médico da Cia da Consulta e Professor Titular da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Elie Fiss. "Devemos tratar o paciente como um todo, pois, além dos pulmões, a doença afeta múltiplos órgãos, como coração, ossos e músculos. A DPOC pode trazer transtornos as atividades diárias e precisamos preparar os pacientes e os familiares para vencer estes desafios. É preciso lembrar que a doença descontrolada não apenas aumenta a chance de morte, mas o paciente também fica extremamente restrito às atividades do dia-a-dia e acaba perdendo a possibilidade de trabalhar, socializar e praticar atividades físicas."
Em 2020, a DPOC representará a terceira principal causa de morte no mundo12-13 e, no Brasil, estima-se que a doença atinja mais de 7 milhões de pessoas14. A mortalidade pela DPOC no país chega à média de 44,5 para cada 100.000 habitantes1, o que pode representar quase 100 mil casos por ano. Ela é considerada entre a quinta e a sexta maior causa de morte no país, excluindo mortalidade por causas externas15.
A progressão da doença pode levar a dificuldades para respirar e cansaço ao realizar atividades simples do dia a dia, como: caminhar, subir escadas e até mesmo tomar banho em pé16. Cerca de 80% dos pacientes afirmam que os sintomas pela manhã prejudicam sua rotina de trabalho17.
Novartis
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Referências
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