Interação
tende a trazer só benefícios para ambos, mas supervisão e cuidados preventivos
são necessários para garantir a segurança
Em algum momento você já
deve ter sido impactado por um vídeo fofo de uma criança interagindo com um
pet. A relação entre os pequenos com os animais de estimação é comprovada por
vários estudos como benéfica para ambos os lados, desde que alguns cuidados
sejam adotados. Segundo a veterinária e gerente de
serviços técnicos Pet da MSD Saúde Animal, Tatiana Braganholo, é
importante estabelecer limites – tanto para a criança, como para o pet – e
atentar-se a prevenção de doenças no animal.
“As crianças, principalmente
as menores, podem não entender muito bem a fragilidade e a necessidade de
respeitar o espaço do pet. Por isso é importante ensinar a elas que o animal
nem sempre está disposto a interagir”, aponta a veterinária. A veterinária
ressalta ainda que dependendo do tempo de convivência (se for recente) e da
personalidade do animal, o contato precisa ser supervisionado para evitar que o
pet reaja negativamente a alguma ação.
Para as famílias que estão
pensando em adquirir um animalzinho, vale lembrar que é preciso avaliar alguns
fatores para evitar possíveis dores de cabeça no futuro: veja se a sua criança
tem alergia a pelos - que assim como a saliva do animal, pode causar reações -
e avalie o animal que melhor se adequaria à família. Sempre lembrando que o pet
precisará de atenção – incluindo brincadeiras e passeios externos – e cuidados
com seu bem-estar, que requerem a supervisão de um adulto. Por outro lado,
destinar algumas tarefas relacionadas ao animal pode ajudar no senso de
responsabilidade e organização da criança.
Cães tendem a ser mais
agitados e brincalhões, e têm mais dificuldade de se adaptar à solidão.
Portanto, são mais indicados para crianças enérgicas e que passam mais tempo em
casa. Já os gatos são mais introspectivos e reservados, tendo menos problemas
em ficar sozinhos. Crianças mais tranquilas têm mais facilidade para se adequar
aos bichanos.
Amizade para toda a vida
Permitir à criança a
convivência com um pet pode estimulá-la a desenvolver o amor e respeito pelos
animais, que serão levados com ela ao longo de toda sua vida. Quando bem
inserido na rotina da casa, o animal também pode ser um elo para as atividades
em família.
“Os animais costumam
estabelecer uma boa relação com as crianças. Acredito que esse contato ensina
muito aos pequenos, já que com o pet aprendem a perceber os sentimentos do
outro e a ter responsabilidade, principalmente quando são incluídos nos
cuidados diários com o animal”, destaca Tatiana, que finaliza “com responsabilidade,
todos saem ganhando com essa relação”.
Saúde em dia
Como é crescente o número de
brasileiros que consideram o pet um membro de suas famílias - segundo
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente
no Brasil, há cerca de 132 milhões de pets -, vem crescendo também os cuidados
preventivos com a saúde desses animais, evitando assim a transmissão de doenças
a todos, principalmente as crianças.
“Sabemos que, tanto os gatos
como os cachorros, vêm passando mais tempo dentro de casa, muitas vezes
dormindo com os seus tutores. Portanto, para manter a saúde de todos é preciso
tomar alguns cuidados. A higiene dos animais é essencial, bem como a
vermifugação e a prevenção de parasitas externos, pulgas e carrapatos”, afirma
Tatiana, que complementa “é preciso oferecer a esses animais soluções
preventivas de longo prazo, diminuindo assim as chances do ciclo da pulga e do
carrapato se reiniciar e infestar a casa e seus moradores”.
Pode parecer exagero, mas as
pulgas e carrapatos quando dentro de casa podem transmitir diversas doenças
para os humanos, como Doença de Lyme, Babesiose, Febre maculosa, entre outras.
A prevenção é fundamental, e deve ser feita nos pets desde filhotes.
MSD Saúde Animal
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