Para
ASEC, instituições de ensino precisam adotar medidas para prevenção
Para alertar e conscientizar a população global, o
dia 20 de outubro foi escolhido como o Dia Mundial de Combate ao Bullying.
Nos últimos anos, o tema tem ganhado um explosivo destaque devido ao número de
casos de violência verbal e física que ocorrem diariamente com crianças e
adolescentes no mundo inteiro, principalmente, dentro do ambiente escolar.
Uma questão que chama atenção e choca a sociedade é
o bullying
como estopim para casos em que a vítima reage, tirando a vida do agressor e até
de outras pessoas que estão ao redor, como ocorreu recentemente em escolas no
Brasil e no exterior.
Segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para
a Infância (UNICEF), divulgado em setembro de 2018, cerca de 150 milhões de
jovens no mundo, entre 13 e 15 anos, já foram vítimas de algum tipo de
violência, e meninos são os que estão mais à mercê de ameaças e agressões. O
estudo aponta que um em cada três jovens sofre bullying e, em 39
países ricos, três em cada dez adolescentes desta faixa etária afirmaram terem
praticado a ação.
No Brasil, o IBGE apresentou comentários analíticos
referentes aos resultados da 3ª edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE), em convênio com o Ministério da Saúde e apoiado pelo Ministério da
Educação. O levantamento, realizado em 2015 com estudantes do 9° ano do Ensino
Fundamental, de 13 a 17 anos, revela que os alunos do sexo masculino são as
maiores vítimas (10,6%) e o percentual é maior em escolas públicas (8,4%). Além
disso, 7,4% dos alunos já sofreram bullying e 12,3% ficaram feridos diante
da violência praticada por colegas.
"As instituições precisam urgentemente
atentar-se às medidas que prioritariamente previnam ações como essas, ao invés
de apenas combater o problema. Investir em abrir o diálogo e em promover
programas de educação emocional são excelentes opções para a criação de um
ambiente escolar mais saudável. O apoio às vítimas, com suporte psicológico,
jurídico e social também deve ser adotado pelos responsáveis das escolas,
conforme previsto na lei do Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)",
segundo Juliana Fleury, porta-voz da Associação pela Saúde Emocional de
Crianças (ASEC).
A organização desenvolve programas de promoção da
educação emocional como o Amigos do Zippy, que obtém resultados positivos em
escolas de todo país. Há 14 anos, a ação foi trazida ao Brasil pela entidade, com
objetivo de beneficiar crianças a partir dos seis anos e ensiná-las, de forma
divertida, a lidar com as dificuldades que surgem na vida, incentivando-as a
identificar e expor os sentimentos, além de estimular a autonomia para buscar
alternativas positivas para resolvê-las, buscando soluções que não prejudiquem
ninguém. A estratégia vale tanto para os próprios estudantes, quanto no auxílio
às pessoas próximas, desenvolvendo também a empatia.
Após o
sucesso do Amigos do Zippy, a ASEC implantou desde 2016 o Passaporte:
Habilidades para a Vida. Voltado para jovens a partir dos 11 anos e
implantado em escolas públicas e particulares em 11 Estados brasileiros. É um
programa de educação emocional que propõe aos adolescentes diversas opções para
lidar com a mais variadas dificuldades que surgem nesta desafiante fase da vida.
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