Susanne
Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller
"O
Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", diz que, em alguns momentos, a
demissão de um funcionário faz bem para ambos os lados
Crédito: iStock
Demitir
um funcionário nunca é uma tarefa fácil. No entanto, quando o desligamento é
necessário, seja por resultados pouco satisfatórios, clima ruim no ambiente de
trabalho, ou outros motivos, como desmotivação por parte do profissional, a
ação é necessária e deve ser feita da forma mais amigável possível.
Para
Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller
"O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", há ocasiões em que demitir
um funcionário pode ser positivo para os dois lados.
"Muitas
vezes, um funcionário insatisfeito contamina o ambiente com afirmações
negativas, postura inadequada e, consequentemente, diminui a produtividade de
toda a equipe. Nessas horas, identificar esse perfil e 'cortar o mal pela raiz'
é o melhor a ser feito. Afinal, essas atitudes mostram que o profissional não
está gostando de trabalhar na corporação, e a empresa não está ganhando com a
presença dele", explica.
Segundo
ela, para identificar esses sinais, é preciso que o gestor acompanhe o dia a
dia da equipe e a forma que cada um dos profissionais age em situações
cotidianas. "O time está trabalhando em harmonia? Há compatibilidade com
os princípios da empresa? Todos estão cumprindo suas metas? O nível de
aproveitamento da equipe está satisfatório? Esses são aspectos que devem ser
observados pelo líder com frequência, para saber se a saúde da equipe está em
dia", orienta Susanne.
Ter
um funcionário insatisfeito é ruim para os dois lados. "O profissional não
está trabalhando com aquilo que gosta, o que relativamente já é um problema que
ele precisa resolver para atingir o seu bem-estar pessoal, e a empresa não
conta com um profissional engajado, que acredita nos seus valores e trabalha
com disposição", diz.
Susanne
lista sinais de que é a hora de demitir um funcionário:
Falta
de trabalho em equipe
O
funcionário se recusa a trabalhar junto com os colegas, acha que está fazendo
mais do que a sua função determina, aponta empecilho em tudo o que o seu gestor
pede. "Essas atitudes demonstram que ele não está satisfeito com o que
está fazendo na empresa e que é hora de ele mudar. Principalmente no ambiente
corporativo atual, no qual as empresas estão exigindo cada vez mais sinergia
entre os funcionários, o trabalho em equipe é essencial", pontua.
Comprometimento
zero
O
funcionário chega atrasado, não cumpre o cronograma das tarefas que assumiu a
responsabilidade, precisa ser lembrado de tudo o que deve fazer no seu dia a
dia, das metas. "É hora de a empresa ligar o sinal vermelho, chamar o profissional
para uma conversa para ver o que está acontecendo. Se ele não melhorar, é sinal
de que a demissão é a melhor solução. Afinal, um funcionário desinteressado
contagia toda a equipe", avalia.
Indisposição
com os colegas
Não
adianta o funcionário cumprir as metas e ter um péssimo relacionamento com a
equipe. Se qualquer discordância é motivo de discussão, é preciso avaliar se a
presença dele é realmente importante para a corporação. "Muitos conflitos
e discussões desmotivam o time, porque tornam o ambiente corporativo tenso e
cansativo. E é na empresa que passamos a maior parte do nosso dia", diz
Susanne.
Conduta
questionável
O
funcionário está sempre reclamando de tudo, apontando defeitos nos colegas de
trabalho, fala de um para o outro, e acha que os outros fazem menos do que ele
e são mais valorizados. "É o típico profissional que não soma dentro da
empresa, e que não está satisfeito como que está fazendo. Isso mostra que é
hora de mudar", recomenda.
Desmotivação
evidente
Quando
o profissional está desmotivado, ele não encontra alegria no que faz e,
consequentemente, não atinge as metas. Esse funcionário não gosta de trabalhar
em equipe, entra mudo e sai calado das reuniões, não traz novas ideias para a
corporação e não se interessa em saber nada sobre a saúde da companhia.
É
importante ressaltar que o colaborador deve receber feedbacks sobre o seu
comportamento e suporte para mudar, mas se a situação não melhorar, é chegada a
hora de romper o relacionamento com este colaborador, o que será benéfico para
todos: ele encontrar uma empresa mais alinhada com o seu propósito, e dar
espaço para alguém que esteja alinhado com o propósito da empresa fazer parte
do time.
Susanne Andrade - Autora dos best-sellers "O
Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", recém-lançado pela Editora Gente, e
"O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia
da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela
Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre
carreira, coaching e liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria
e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil
Comportamental", e parceira da Associação Brasileira de Recursos Humanos
(ABRH-SP).
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