Esta é a
mensagem do mestre Vedanta, Jonas Massetti, para os brasileiros neste momento
tenso que precede as eleições presidenciais
Neste momento, o Brasil passa por uma
situação política, econômica, social e ambiental muito séria e que requer muita
atenção e energias transformadoras das pessoas. É importante que neste cenário
exista a canalização de energias positivas para que, por maiores que sejam as
dificuldades, prevaleça o amor, a solidariedade e o sentimento de irmandade, ao
invés do ódio, do preconceito e da violência.
Nós, brasileiros, somos um único
povo, uma única nação e temos de pensar e trabalhar pelo bem de todos.
Infelizmente, muitas pessoas estão disseminando um sentimento de intolerância
com a filosofia, a ideologia, a raça, o gênero, as opções sexuais e as
diferenças dos outros. É importante buscarmos imediatamente reverter estes
sentimentos, que tem se revertido em ações lamentáveis, e buscar a essência do
nosso povo, que é de amor, alegria, flexibilidade e determinação.
Cada um de nós tem o direito de fazer
suas opções de vida e de pensar de formas diferentes, pois ao debater,
conversar e conhecer o outro, nós temos a oportunidade de trocar ideias e de
nos aperfeiçoarmos e evoluirmos como seres humanos. É fundamental respeitar a
opinião e os porquês um dos outros, pois cada pessoa tem razões próprias para
definir seus caminhos de vida, inclusive escolhendo direções políticas
divergentes.
Independentemente de quem irá votar
num partido em outro, somos todos brasileiros e a nosso modo estamos tentando
construir um País melhor. Porém, somos nós que faremos a diferença no final
porque somos moderadores e os condutores do nosso País. Os políticos estão lá
para executar o mandato que nós damos, visando tornar nosso modo de vida melhor
e consolidar nossa visão desta nação. É óbvio que eles não têm cumprido seu
papel e estamos todos insatisfeitos e queremos mudar, mas o grande poder de
transformação é nosso ao votar, acompanhar e interferir nas decisões dos
parlamentares e do executivo, ao mesmo tempo em que cada um exerce seu poder
individual de fazer o melhor para si, seus familiares e amigos.
Precisamos evitar a todo custo esta
radicalização, que só nos levará a situações mais complicadas, de violência e
de uma inconsistência muito grande, podendo vir até a nos tornar inimigos do
nosso irmão, que também é brasileiro, e em um agravamento que pode nos levar à
beira de uma guerra civil.
Ninguém de fora vai nos salvar. Cada
brasileiro tem de fazer a sua parte, temos um país lindo, temos flexibilidade,
capacidade de adaptação e de hospitalidade que nenhum outro povo tem. Devemos
debater sim, mas sempre respeitando uns aos outros, e pensando como um só povo,
uma só nação. Por isso, precisamos nos conectar a outra energia, sair desta
postura de cisão para a de reflexão.
As pessoas estão muito sentidas,
magoadas e se sentindo traídas por seus representantes. Estão passando por uma
realidade de medo, que precisa ser substituída por uma realidade de amor, apoio
e segurança de que integram um povo coeso. Nós somos o ponto da mudança. Se
cada brasileiro se tornar mais tolerante, acolhedor e amoroso, o todo vai mudar
para melhor.
Nenhum governo, seja quem for seu líder,
vai controlar nossos pensamentos, nossas ações e sentimentos, pois como povo
unido, nós não vamos deixar. Somos uma única nação, povo e energia que quer o
bem e que o semeia.
Somos a força de um povo, que se
origina da miscigenação e na diversidade de raças, cores, gêneros e filosofias.
Por isso, somos únicos e temos o poder de mudar tudo para a melhor. Unidos
somos mais fortes e mais capazes de construir o Brasil que queremos. A única
possibilidade de vivermos bem é nos tornarmos pessoas atenciosas e cuidadosas
umas com as outras. Quem tem mais cuida de quem tem menos. Quem é perseguido, é
protegido pelos demais. E ai de quem for contra a força do nosso povo!
É o momento de nos posicionarmos e
decidirmos como as coisas serão. Temos de ter orgulho do nosso país, cantar o
hino nacional e fazermos cada um a nossa parte para tornar o Brasil uma
referência mundial em termos de política, economia, sociedade e de preservação
ambiental. O Brasil depende da nossa união e precisamos mudar esta energia de
combate para amor, união e solidariedade.
Jonas Masetti - chamado na Índia de
Vishvanatha, brasileiro, tem 36 anos, e é mestre em Vedanta – estudo milenar do
autoconhecimento. É discípulo do Swami
Dayananda Saraswati, considerado o maior mestre de Vedanta da atualidade,
tendo vivido por quatro anos na Índia, onde se formou Mestre em Vedanta pelo
Ashram do Swmi Dayananda em Coimbatore em 2013. É formado em engenharia
mecânica pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), foi sócio fundador
da Morning
Star Consulting, onde atuou no mercado financeiro e de multinacionais como
consultor de negócios. Sua empresa chegou a ser uma das maiores na área de
consultoria em gestão e estratégia para grandes empresas, chegando a ter 100
funcionários em 2003. Apesar de todo o sucesso profissional, Masetti buscava
uma resposta e se manteve firme neste propósito, passando por diversos grupos e
professores, até chegar à Índia. Fundou em 2013 o Vendanta.Life,
instituto de espiritualidade, que tem por objetivo ser um agente transformador
de pessoas para a construção de um mundo melhor para todos por meio da disseminação
do Vedanta. O Instituto agrega uma comunidade com mais de 30 mil pessoas e mais
de 400 alunos regulares. O conhecimento do Vedanta é disseminado por meio de
aulas online, usando tecnologia de ponta, que permite alcançar alunos em outros
países, tais como Estados Unidos, Portugal, México e África, bem como
pessoalmente em eventos pontuais e retiros espirituais junto à natureza ou
dentro de ambientes empresariais, focado aos líderes das companhias.
Sobre o Vedanta
Vedanta é o nome do estudo
realizado a partir do final dos Vedas – quatro escrituras básicas da cultura
hindu, que deu origem ao conceito de autoconhecimento. Na sua etimologia o
termo vedanta possui dois significados: ‘aquilo que se encontra ao final dos
Vedas’, pois ‘anta’ em sânscrito significa ‘fim’; e também, ‘o conhecimento
final’, já que a palavra ‘veda’ também significa simplesmente ‘conhecimento’.
O estudo consiste em uma mudança
cognitiva, a correção de uma visão sobre o mundo e si mesmo. A visão errônea é a
causa do sentimento de limitação, impotência e incompletude, que é básico em
todo o ser humano.
Desse modo, Vedanta não é considerada
uma religião. O conhecimento proposto se dá pelo uso de um meio externo ao
sujeito. Assim como a ‘olho nu’ não somos capazes de ver a si mesmo, ninguém é
capaz de ‘ver’ o ‘eu’. Portanto, Vedanta é como um espelho: funciona como meio
de conhecimento para aquilo que não podemos ver sozinhos.
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