Elementos visuais estreitam a relação entre
marca e público interno e externo por meio da intensificação de gatilhos
mentais
O avanço da tecnologia e dos meios de comunicação resultou em novos
caminhos para transmitir e consumir histórias. Afinal, o público tornou-se
seletivo em relação aos conteúdos que deseja absorver por conta de um contato
diário e excessivo com diversas informações. Na prática, 79% das pessoas não se
aprofundam nos dados que chegam a elas – o que faz do storytelling um
diferencial no mercado para as empresas.
Para estreitar a relação entre uma marca e seu público (interno ou
externo) é preciso atrair a atenção dele e permanecer em sua memória. Nesse
contexto, o storytelling pode ser um aliado. Trata-se de uma narrativa
sequencial com recursos audiovisuais que se apropria do drama, ação ou comédia
para despertar as emoções do público.
Mas é possível ir além e enriquecer o storytelling com conceitos
de visual thinking, uma vez que a maior parte das pessoas têm a tendência a
absorver muito mais informações quando em contato com recursos visuais. É o
chamado "visual storytelling". “Ao trazer elementos visuais
como vídeos, ilustrações, jogos e gráficos, o poder da narrativa é
intensificado porque a linguagem visual exige menos do cérebro humano do que os
demais sentidos na hora de consumir novas informações. Portanto, o ato de
estimular os gatilhos mentais dos colaboradores, por exemplo, é simplificado”,
afirma Renato Gangoni, CEO da Spin Design, multinacional brasileira que
transforma processos corporativos e padrões mentais em mapas visuais.
Em levantamentos recentes, a companhia americana 3M identificou
que os conteúdos visuais são 60.000 vezes mais rápidos de serem processados
pelo cérebro humano. Já a Cisco Systems revelou que 70% do tráfego mundial em
dados móveis até 2020 será de vídeos. Em contrapartida, a Microsoft
assegura que o tempo de atenção do usuário reduziu para 8 segundos.
Diante dessa realidade, Gangoni desenvolveu seis dicas sobre como
trabalhar o visual storytelling na empresa. Veja abaixo:
- Apresente pessoas: pessoas se identificam com pessoas e não com empresas. Então, não
conte a história do negócio, mas sim das pessoas que estão por trás dele.
- Revele o que você costuma esconder: ao trabalhar com
linguagem visual, uma escolha assertiva é mostrar ao cliente o que a companhia
tende a esconder diariamente. Ou seja, revele os bastidores através dos olhares
dos funcionários para criar empatia.
- Tenha objetividade: excessos costumam não ser bem-vindos e a regra é válida para
conteúdos visuais de storytelling. É necessário manter o foco para ter
objetividade na mensagem a ser transmitida porque muitos detalhes resultam na
perda de atenção do consumidor.
- Seja amigo das redes sociais: as redes sociais são um meio de aumentar a
visibilidade da marca. Então, compartilhe nessas plataformas todas as
narrativas de cunho social da organização e disponibilize imagens antigas que
reflitam a história organizacional.
- Incentive a integração sensorial: uma boa comunicação via
linguagem visual deve ter a atenção voltada para a visão em alinhamento com os
demais sentidos. Portanto, dê prioridade para elementos visuais com diferentes
texturas, brinque com as perspectivas da foto ao realçar detalhes micro e
macro, e, gere o interesse do público com um recorte de imagem encantador.
- Defina a melhor plataforma: na comunicação visual cada plataforma
apresenta um melhor desempenho em determinada situação. Por exemplo, em casos
onde muitas informações precisam ser transmitidas, a saída são os modelos
mentais visuais (infográficos). Ao estruturar com clareza os dados, estes
recursos facilitam a assimilação.
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