O envelhecimento da população brasileira
acontece em ritmo acelerado. Um estudo divulgado pela Fundação
Internacional de Osteoporose (IOF) mostra que esse
aumento terá como consequência futura, o crescimento na
incidência de fraturas em idosos e de uma explosão no número de casos de
osteoporose, estimando que o número de brasileiros com a doença deve
crescer cerca de 32% até 2050.
A Osteoporose é uma doença metabólica que se
caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea tornando os ossos
mais porosos, fracos e suscetíveis a fraturas. A doença é silenciosa e não
costuma apresentar sintomas. Segundo o ortopedista e diretor da Clínica
Pró-Movimento, Dr. Maurício Marteleto, é comum que a pessoa só descubra que tem osteoporose no momento
em que ocorre uma fratura espontânea do osso que já não suporta um trauma ou
esforço cotidiano. “A osteoporose é uma condição de perda de massa óssea
e alteração da microarquitetura do osso, favorecendo as fraturas em mínimos
traumas. A fratura mais frequente é a do fêmur, ocasionando uma qualidade ruim
de vida, com dependência física e dores", explica o especialista.
O Dia Mundial da
Osteoporose, celebrado em 20 de outubro, foi criado para
conscientizar as pessoas sobre os cuidados que se deve ter para prevenir a
doença, que já é considerada o segundo maior mal a nível mundial, ficando atrás
apenas das doenças cardiovasculares. Com isso surgiu a expressão
"tsunami de fraturas", nomeada pela Fundação Internacional de
Osteoporose (IOF), para alertar a população do perigo da doença, que, após
os 50 anos, atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens.
"Há duas causas principais que levam a perda óssea. O primeiro está ligado
a fatores endógenos, ao metabolismo e às taxas hormonais, e o segundo a fatores
comportamentais e maus hábitos ao longo da vida, como fumo, sedentarismo e má
alimentação, por exemplo", afirma o ortopedista.
Para diagnosticar a osteoporose, o médico avalia
os exames laboratoriais que incluem medição dos níveis hormonais e do
funcionamento metabólico, sobretudo dos níveis da vitamina D. Um exame de imagem
não invasivo, chamado densitometria óssea, permite medir a densidade do osso e
detectar se o paciente está com osteopenia, fase inicial da doença, ou já com
osteoporose. "Eu recomendo que os pacientes tomem sol todos os dias por
pelo menos uma hora sem filtro solar para auxiliar na absorção da vitamina D,
substância que promove a absorção de cálcio da dieta. Além disso, é importante
fazer caminhadas e procurar ajuda médica para receber orientações, medicações e
suplementação adequada", indica o médico.
A osteoporose é uma doença global e é possível que ela apareça em qualquer parte do corpo. As fraturas mais comuns são de punho, quadril e da coluna. Segundo o especialista, medidas simples como a instalação de corrimões em sanitários e boxes; uso de luzes de segurança à noite no quarto e corredores; retirada de tapetes ou o uso de antiderrapantes também são medidas simples que podem evitar fraturas. "O agravante de uma fratura em idosos é deixá-los muito tempo acamados. Ficar muitos dias na cama atrapalha a alimentação, as atividades fisiológicas e o estado de saúde como um todo pode piorar", finaliza o Dr. Mauricio Marteleto.
Dr. Maurício Marteleto Filho - médico ortopedista
formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro titular
da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há mais de 10 anos
atua na área de cirurgia da coluna vertebral, sendo membro efetivo da Sociedade
Brasileira de Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia da Coluna
Vertebral (SBPCV) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da
Coluna Vertebral. https://mauriciomarteleto.com.br
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