Especialista em finanças pessoais fala da
importância e benefícios de tratar sobre responsabilidade financeira com as
crianças
Educar é inserir uma pessoa em uma cultura, fazer com que se desenvolva em um contexto social. No mundo capitalista isso inclui, obrigatoriamente, finanças. Lidar com dinheiro não é algo ruim ou um bicho de sete cabeças, mas uma questão de hábito. Quanto mais cedo, melhor, mas a verdade é que cada criança é um caso diferente e fica com os pais a tarefa de decidir o momento mais adequado.
Para Luciano Tavares, CEO da Magnetis, maior fintech de investimentos do Brasil, os benefícios são muitos. "As crianças aprendem a colaborar com a saúde do orçamento familiar e a lidar bem com as finanças no futuro. Consequentemente, as chances de problemas financeiros na vida adulta diminuem muito. Além disso, quando a educação financeira infantil deixa de ser um desafio para os pais e se torna parte da rotina, pode-se ir além com formação de reservas de emergência, planejamentos e incentivo a investimentos", explica.
O especialista separou algumas dicas para quem quer preparar os filhos para uma vida financeira responsável e de retorno, que consideram diferentes necessidades, objetivos e ressaltam o incentivo às boas ações:
1) Deixe claros os benefícios da educação financeira
Já reparou que as crianças adoram perguntar "por quê"? Para elas, é fundamental saber que aquilo que está sendo aprendido terá utilidade. Por isso, explique que, ao aprender sobre dinheiro, elas podem economizar para comprar brinquedos e fazer passeios, por exemplo.
2) Explique a diferença entre necessidade e desejo
Por serem muito espontâneas e instintivas, as crianças tendem a buscar a satisfação dos desejos constantemente. Mostre que existe uma diferença entre o que é necessário e o que é supérfluo. Por exemplo, todos precisam de roupas, mas será que as peças devem ser de uma determinada marca?
3) Estimule o desapego
Aprender a desapegar de itens antigos é fundamental para que as crianças compreendam que os bens materiais são passageiros. Assim, eles passam a dar mais valor às experiências do que às posses. Mas é sempre bom lembrar que a maioria dos itens que estão fora de uso podem ser reutilizados ou doados, por exemplo.
4) Esclareça o valor das coisas
Quando se compra algo, o pagamento envolve não apenas dinheiro, mas também o tempo de trabalho para ganhá-lo. Mostrar isso para as crianças ajuda a educá-las sobre o valor das coisas.
5) Dê mesada e estimule a criança a poupar
A mesada é uma ótima maneira de estimular o desenvolvimento de disciplina e organização ainda na infância. Ao receber um determinado valor regularmente, a criança aprende a administrar o dinheiro, tomar decisões e poupar para o futuro.
6) Imponha limites
Isso ajuda os pequenos a compreenderem a necessidade do planejamento e da organização financeira, bem como a relevância de priorizar aquilo que é mais importante.
7) Estimule hábitos saudáveis
O equilíbrio nas finanças está relacionado aos padrões cultivados desde cedo em outras áreas da vida, como a saúde física e mental. Crianças que são estimuladas a ter esse equilíbrio estão menos propensas a desenvolver compulsão de gastos.
8) Seja um exemplo
Evite deixar de pagar contas, reclamar sobre gastos ou comprar muitos itens supérfluos. Procure sempre estimular a construção de um modelo financeiro positivo para as crianças.
9) Incentive a formação de uma reserva de emergência
O objetivo é trazer segurança em caso de imprevistos. Quando ingressarem no mercado de trabalho, por exemplo, terão liberdade para tomar decisões melhores sem sofrer tanta pressão com as contas a pagar.
10) Encoraje-os a investir
Uma boa forma de começar é incentivar a busca de um objetivo financeiro, como o primeiro carro, um intercâmbio ou a próxima viagem de férias. Mostre os tipos de investimento que podem ajudar incentive para o primeiro passo nesta jornada.
CEO da Magnetis exemplifica como foi esta experiência na própria família.
Magnetis Investimentos
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