Especialista
explica como proceder em uma situação como essa
Os sinais podem ser mais discretos no começo e se tornam mais
constantes com o tempo, a pessoa está com alguém e começa a perceber que não
tem o seu espaço, a sua liberdade e que precisa ceder sempre. Esses fatores,
segundo Wanessa Moreira, orientadora pessoal e psicóloga transpessoal,
são indicativos de quem vive um relacionamento abusivo.
Outro ponto importante, segundo a
especialista, é quando você vive cenas nesse relacionamento e não fica à
vontade quando alguém fica sabendo o que está vivendo. “Aí você precisa
esconder o que vive, e isso é mais um sinal de que algo não vai bem”,
exemplifica.
Embora esse problema também afete homens,
as mulheres são ainda as que sofrem com relacionamentos abusivos, e quando isso
acontece, é de suma importância buscar a ajuda de um profissional. “É
importante procurar um terapeuta que possa trazer clareza do cenário que você
está vivendo.
Normalmente, em um relacionamento abusivo, a mulher se sente
culpada, como se as atitudes do parceiro fossem por culpa dela”, diz
Wanessa, que também atua como Master Mentoring em Coaching Corpo e Mente.
Saber contornar a situação e buscar um
tratamento
Ainda de acordo com a especialista, pode
ser possível contornar esse relacionamento e mudar o comportamento do
parceiro. “Colocar limites passa a ser a condição fundamental para que a
mudança possa ocorrer, existe sim uma chance de amadurecer o relacionamento e
ele acontecer de maneira saudável a partir desse momento”, esclarece.
O tratamento para mulheres que sofreram em
um relacionamento abusivo se baseia principalmente na construção do
amor próprio e autoestima, informa a orientadora pessoal. “Nesse momento,
essa mulher precisa se reconectar com quem ela é para poder fazer novas
escolhas”, diz.
Voltar a ter
um relacionamento após passar por um que foi abusivo, pode ser
um desafio, mas que não é impossível. De acordo com Wanessa Moreira, essa volta
acontece “após o momento de se redescobrir novamente, estando mais inteira e
colocando limites para o que chega em sua vida, conhecendo o que quer e o que
não quer mais viver. Sendo assim, é possível sim ter um novo e saudável
relacionamento”, argumenta.
Segundo Wanessa, os casos mais relatados
nos consultórios são aqueles com uma grande agressão não verbalizada. “Uma
diminuição da autoestima e do brilho da mulher, que passa a acreditar que ela
não é boa o suficiente para ter outro parceiro. A mulher sente culpa e acredita
que o abuso faz parte do relacionamento, onde ela precisa atender as exigências
do seu parceiro, e deixar de lado as suas vontades e até mesmo a sua
identidade”, conta a especialista.
Muitas vezes, o casal tem filhos e a mulher
pode ficar em dúvida de como deve proceder. Para a terapeuta, os filhos devem
ser preservados dos problemas dos adultos, “para não ficarem sendo colocados
no meio da história cheia de inverdades dos dois lados do relacionamento. Devem
ser respeitados no papel que eles ocupam de filhos, e não como parte das
chantagens que possam existir”, orienta.
E para finalizar, Wanessa Moreira argumenta
que a mulher deve “sempre confiar que há uma saída para a história que ela
vive. “Não deixe de buscar ajuda”, aconselha a especialista.
(Foto: Getty Images)
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